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Economia

MPF desafia soltura de Daniel Vorcaro

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Ministério Público Federal do Distrito Federal apresentou recurso contra a decisão que permitiu a libertação de Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, e outros quatro executivos da companhia. O órgão solicita que a prisão dos cinco seja restabelecida.

Na última sexta-feira, a desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), anulou a prisão inicialmente decretada pela Justiça Federal no âmbito da Operação Compliance Zero, que investiga eventuais fraudes envolvendo o banco.

O caso será examinado na próxima semana pela 10ª Turma do TRF-1, composta por mais dois desembargadores.

Segundo o recurso entregue no sábado, o MPF argumenta que a prisão é imprescindível devido à gravidade do caso, o alto risco de fuga dos acusados, potencial violação da ordem pública e a possibilidade de destruição de provas, além do ocultamento de recursos e bens que ainda não foram apreendidos.

A Procuradoria destaca que os envolvidos dispõem de sofisticados meios logísticos, financeiros e tecnológicos, o que torna insuficientes as medidas cautelares alternativas à prisão.

O recurso enfatiza: “Considerando os fatos e o perfil dos investigados, que têm acesso a recursos avançados, supor que medidas diversas da prisão garantam a proteção da ordem pública, da ordem econômica, da instrução criminal e da aplicação da lei penal, não condiz com a realidade apresentada.”

Ao revogar a prisão, Solange Salgado estipulou outras condições, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato entre os investigados e a suspensão de suas atividades financeiras.

Daniel Vorcaro foi detido em 18 de novembro pela Polícia Federal (PF) ao tentar embarcar no Aeroporto de Guarulhos com destino ao exterior. As investigações envolvem suspeitas de fraudes em transações entre o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB).

As apurações indicam que o Banco Master pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões através de operações fictícias de crédito, simulação de empréstimos e negociação fraudulenta de carteiras de crédito com outras instituições financeiras.

Em nota à imprensa divulgada no dia 22, a defesa de Vorcaro alegou que o principal fundamento das investigações da PF não possui base real e que a suposta fraude bilionária não ocorreu. A defesa também afirma que as medidas cautelares autorizadas pela Justiça foram baseadas em premissas incorretas.

Além de Vorcaro, foram liberados outros responsáveis como Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do Banco Master; Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia; Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria; e Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio do banco.

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