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Economia

Ouro sobe 2% com expectativas de corte de juros e fim do shutdown nos EUA

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O ouro registrou um aumento de 2% nesta quarta-feira, 12, impulsionado pela esperança de que os Estados Unidos promovam cortes nas taxas de juros e também pela expectativa de que o governo norte-americano reabra após o avanço do Congresso na aprovação do projeto orçamentário, o que pode encerrar a paralisação mais longa da história.

Na Comex, parte da bolsa de Nova York (Nymex) dedicada a metais, o contrato de ouro para dezembro fechou com alta de 2,36%, cotado a US$ 4.213,6 por onça-troy, alcançando o nível mais alto desde 21 de outubro durante a sessão.

A retomada do acesso aos dados oficiais, que estavam indisponíveis durante o shutdown, deve proporcionar mais clareza para as futuras decisões sobre política monetária, avaliou Soojin Kim, do MUFG. O enfraquecimento do mercado de trabalho também reforça as expectativas de juros mais baixos, beneficiando o ouro, que não gera rendimento.

Jim Wyckoff, analista sênior da Kitco Metals, afirmou que os investidores preveem que os dados econômicos mostrarão uma desaceleração, o que levaria o Federal Reserve (Fed) a reduzir as taxas de juros em dezembro.

O ouro acumula uma valorização de cerca de 56% em 2025, apoiado por compras de bancos centrais e pela busca de proteção em meio às incertezas globais. Apesar disso, especialistas destacam que o recente movimento não é resultado de uma fuga do dólar.

Robin Brooks, ex-economista-chefe do IIF, apontou que a alta dos metais preciosos não representa uma saída do dólar, mas sim uma consequência das políticas fiscais desequilibradas, especialmente na zona do euro. Em sua análise, contestou também a ideia de que os bancos centrais de países emergentes estariam impulsionando a valorização do ouro. Segundo ele, não há sinais de uma corrida ao ouro, com as compras concentradas em poucos países como Polônia e Índia, enquanto outros emergentes vendem reservas.

De acordo com Brooks, a alta do ouro reflete principalmente o interesse de investidores privados, caracterizando um comportamento típico de “bolhas anteriores”.

Informações fornecidas pela Dow Jones Newswires.

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