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Pessoas e organizações se mobilizam em campanha global para doações

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Vale qualquer ajuda: dinheiro, tempo, ajuda, carinho, trabalho, brinquedos e o que mais puderem

Aline Magalhães sempre se mobiliza para arrecadar doações: neste ano, os presentes de amigo-oculto da família dela serão todos para a campanha

Aline Magalhães sempre se mobiliza para arrecadar doações: neste ano, os presentes de amigo-oculto da família dela serão todos para a campanha

Que o mundo está cheio de problemas difíceis para resolver, todos sabem. Em vez de somente procurar culpados e apontar soluções sem tomar uma iniciativa, você já parou para pensar que pode contribuir de alguma forma para que essa realidade mude? Hoje é um bom dia para refletir sobre isso. Em mais de 20 países, inclusive no Brasil, celebra-se o Dia de Doar. Tudo começou nos Estados Unidos há alguns anos, onde foi batizada de Giving Tuesday, que seria a primeira terça-feira de dezembro, logo após o Dia de Ação de Graças, comemorado na última quinta de novembro. Por conta disso, o dia muda de um ano para o outro.

No Brasil, chegou recentemente e recebeu o nome de #diadedoar. A data ainda é pouco conhecida entre os brasilienses, mas, com o fenômeno das redes sociais, a tendência é que as experiências bem-sucedidas se disseminem e inspirem cada vez mais pessoas a se mobilizarem em prol da solidariedade. A campanha é encabeçada pelo Movimento pela Cultura da Doação e operada pela Associação Brasileira de Captação de Recursos (ABCR). E conta com a adesão formal de mais de mil organizações da sociedade civil, empresas, instituições públicas e pessoas comuns de todo o país. No site www.diadedoar.org.br, é possível encontrar vários exemplos do que já foi feito no Brasil e o que se planeja fazer.

#diadedoar
Com a adesão, essas instituições registraram no site seus planos de ação para o Dia de Doar. Porém, esperam-se muito mais ações. A ideia é doar para uma causa favorita, para os amigos, vizinhos e para quem não conhece. Vale tudo: dinheiro, tempo, ajuda, carinho, trabalho, abraços, alimentos, brinquedos, sangue e o que mais estiver ao alcance das pessoas. Todo mundo pode participar.

Para um dos maiores defensores da cultura de doação no Brasil, fundador da ABCR e presidente do Instituto Doar, Marcelo Estraviz, o Dia de Doar é uma data simbólica que serve como provocação, um esforço concentrado para que mais pessoas se mobilizem pelo bem social. “O ato de doar deve fazer parte do nosso cotidiano. É essa experiência que a gente quer trazer para as pessoas. Com pequenas ações cotidianas, a gente muda o mundo. Fazer uma doação de sangue parece pouco, mas quando você vê os resultados, quantas pessoas tiveram as vidas salvas por causa da doação, a sensação de protagonismo é muito forte. Faz muito bem para quem doa, não só para quem recebe. Causa uma sensação de pertencimento, você se sente grato pela oportunidade de fazer aquilo”, reforça Estraviz.

Ele destaca ainda que o Brasil tem mais de 35 milhões de doadores, segundo pessoas. E, somadas as contribuições de pessoas físicas, são R$ 5,5 bilhões por ano. “É um número muito significativo. O dinheiro pequeno das pessoas comuns, somado, é muito maior do que empresas doam em ações de filantropia”, observa Estraviz. “Com mais estímulo, é possível dobrar esse número e conseguir mais R$ 5 bilhões para o segmento social. O deficit brasileiro hoje é de cerca de R$ 30 bilhões. Conseguimos um sexto disso só com a força das pessoas normais doando pequenos valores. Com um gesto simples, trazemos recursos de forma distribuída para onde mais se precisa, que é a área social”, avalia o escritor e ativista.
Com o objetivo de transformar a vida de algumas pessoas para melhor, o Instituto Fight For The Poor (F4TP) abraçou essa ideia e decidiu realizar campanhas para incentivar o #diadedoar. Criado por jovens com idades entre 21 e 27 anos, o grupo atua há três anos e meio em projetos sociais buscando engajar outros jovens na realização de suas ações para promover o desenvolvimento pessoal de cada um deles e o da comunidade na qual estão inseridos.

O administrador e vice-presidente do F4TP, André Luiz Figueiredo Collier, 27 anos, disse que o intuito do grupo é unir o financiamento coletivo com projetos sociais. “Queremos ser uma ponte entre aqueles que podem ajudar e os que precisam de ajuda. Na data de hoje, vamos desafiar os nossos voluntários para que façam as suas doações e incentivem as outras pessoas também”, afirma. “No momento, estamos com uma campanha de doações de água mineral que serão levadas às famílias de Minas Gerais após a tragédia em Mariana. A campanha começou tímida e acabou tomando uma proporção muito maior do que a gente imaginou. Estamos muito felizes”, completa.

Princípios e valores
Além disso, atualmente o Instituto F4TP atende três creches em Brasília e a comunidade da Cidade Estrutural com doações regulares, reformas e ações voluntárias buscando levar princípios e valores às famílias atendidas. “A alegria de ajudar é muito forte. Depois de fazer uma vez, não tem volta. Nós precisamos continuar. É muito gratificante ver os sorrisos, a alegria e a felicidade dessas pessoas”, relata André. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pela página do grupo na rede: https//www.facebook.com/fight4thepoor.

Aos poucos, quem convive com a arquiteta Aline França de Assis Magalhães, 32 anos, começa a se envolver com ações de solidariedade. Há pelo menos 12 anos, ela se dedica ao próximo em diversos projetos de caridade. “É bacana. Há pessoas que nunca se importaram com isso, mas, ao ouvirem algum comentário sobre a última doação ou algo assim, decidem participar. É sempre uma boa surpresa quando alguém próximo aparece com algo para doar”, diz.

Aline também mobiliza os amigos e a família para participarem. “Se doar é a maior forma de gratidão que podemos ter. Este ano, eu, o meu marido e os meus pais pedimos de presente no amigo-oculto de Natal, cestas básicas, roupas e brinquedos para doarmos para famílias necessitadas. Também estamos engajados em conseguir material de construção e verba para a obra do Centro Social Santa Clara, que está sendo construído na Estrutural. A gente sempre acaba ganhando o que não precisa e por isso resolvemos tomar essa atitude. A satisfação de ajudar é um dos melhores presentes que se pode ter.”

Serviço
Corrida Doar 10k
Data: Domingo (6/12), às 8h
Local: Eixão Sul (altura das quadras 106/107 Sul)
Percursos: 5km e 10km
Valor da inscrição: R$ 70
Inscrições até as 23h59 de hoje, em www.doar10k.com.br
O valor arrecadado será revertido para projetos sociais
Vagas limitadas

Doe para o Jovem Repórter
Dê a oportunidade para mais jovens participarem do curso realizado pela Fundação Assis Chateaubriand. As
doações variam de R$ 25 a R$ 450.
Para saber como contribuir, acesse www.facbrasil.org.br ou www.facebook.com/fundacaoassischateaubriand.

(Com informações do Correio Braziliense)

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