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PF investiga líderes do União Brasil em sete estados

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Os dirigentes do União Brasil em sete estados, incluindo Rio de Janeiro, Bahia e Amapá, enfrentam desgastes significativos este ano devido a investigações da Polícia Federal (PF) que atingem diretamente ou seus aliados próximos.

Um caso recente envolveu a prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, suspeito de vazar informações sobre uma operação da PF contra o deputado estadual TH Joias (MDB).

Outras investigações abrangem desde supostos desvios em emendas parlamentares até investimentos de fundos de previdência em papéis do Banco Master, envolvendo lideranças do partido.

Entre os citados em diferentes apurações estão o presidente nacional do União, Antonio Rueda, e os deputados Elmar Nascimento (BA) e Pedro Lucas Fernandes (MA), ambos com liderança relevante na Câmara dos Deputados.

Simultaneamente, a relação entre o União Brasil e o governo Lula (PT) se deteriorou, e o partido orientou seus filiados a se desincompatibilizarem de cargos nos últimos meses.

Antonio Rueda, que já trocou críticas publicamente com Lula, mantém proximidade com Rodrigo Bacellar, preso na operação “Unha e Carne” deflagrada recentemente. A Alerj realizará uma sessão para decidir se mantém ou revoga a prisão do presidente da casa.

Ainda que Bacellar seja solto, a operação prejudica a imagem do União Brasil no Rio de Janeiro, onde ele preside o diretório estadual. Rueda planeja concorrer a deputado federal no estado em 2026 e tem demonstrado alinhamento com Bacellar.

Informações revelam que Rueda solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o partido fosse admitido na defesa de Bacellar no julgamento do caso Ceperj, no qual o deputado pode ser cassado por abuso de poder econômico.

Embora não formalmente investigado, Antonio Rueda foi mencionado em investigações da PF relacionadas a fraudes e sonegação no setor de combustíveis, nas operações Carbono Oculto e Poço de Lobato.

Na operação Carbono Oculto, um piloto declarou que Rueda seria o verdadeiro dono de aeronaves usadas por membros de uma facção criminosa. Na operação Poço de Lobato, a empresa Refit, ligada a pessoas próximas a Rueda, também foi alvo.

Rueda negou propriedade das aeronaves e qualquer envolvimento em irregularidades.

Outras gestões do PT enfrentaram tensões semelhantes com partidos do Centrão em função de investigações policiais. No entanto, o cientista político Marco Antônio Teixeira, professor da FGV, acredita que a atual situação do União Brasil apresenta características diferentes.

Impacto no Banco Master

A influência do União Brasil em fundos de previdência estaduais foi especialmente afetada após o Banco Central liquidar o Banco Master por suspeitas de gestão fraudulenta. No mesmo dia, a PF prendeu o dono do banco, Daniel Vorcaro, que obteve habeas corpus e foi solto.

Fundos sob influência do partido adquiriram volumes significativos de papéis do Banco Master desde o final de 2023, incluindo R$ 970 milhões pelo Rioprevidência, ligado a pessoas próximas ao União no Rio.

Investimentos relevantes também foram feitos nos fundos do Amapá e do Amazonas, envolvendo dirigentes e aliados do partido, que negam irregularidades e afirmam ter seguido as normas financeiras.

Apurações sobre emendas parlamentares

Investigações da PF também atingem figuras próximas a dirigentes do União Brasil em casos de desvio de recursos públicos, como o primo do deputado federal Elmar Nascimento preso na operação Overclean, que apura desvios em Campo Formoso (BA).

Elmar Nascimento nega envolvimento em irregularidades e seu caso está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado Pedro Lucas Fernandes, atual líder do União Brasil na Câmara, também é investigado por suspeitas relacionadas à destinação de emendas em Maranhão.

Outros casos e desdobramentos

Em Alagoas, o presidente do diretório do União Brasil, Luciano Cavalcante, foi alvo de investigação da PF por compra irregular de kits de robótica, embora o inquérito tenha sido arquivado em 2023, com possibilidade de reabertura.

Em Sergipe, o ex-deputado e presidente do diretório estadual, André Moura, firmou um acordo judicial para extinguir pena relacionada a desvios de recursos públicos, mas enfrenta desdobramentos judiciais e políticos locais.

O episódio tem causado desgastes para Moura no governo do Rio, onde exerce cargo de secretário estadual, motivando críticas públicas de ex-assessores.

Os envolvidos não retornaram os contatos para esclarecimentos.

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