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Planalto começa ofensiva para barrar a criação da CPI da Petrobras

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O Palácio do Planalto inicia hoje uma ofensiva para barrar a criação da CPI da Petrobras. A situação do governo se complicou ainda mais neste fim de semana com a denúncia de que fornecedores da Petrobras pagaram R$ 34,7 milhões ao doleiro Alberto Yousseff, preso na operação Lava-Jato da Polícia Federal.

A orientação é de que, se não conseguir impedir a criação do colegiado, a base aliada deverá reforçar o empenho na aprovação de uma CPI mais ampla, que inclui a Alstom, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e o Porto de Suape. Com isso, as investigações atingem os governos de São Paulo, de Minas Gerais e de Pernambuco. Enquanto isso, a oposição estuda recorrer à Justiça para que o colegiado seja instalado, independentemente de decisão da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). Ontem, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), indicado para relatar a questão de ordem sobre a CPI na CCJ, recusou a função.

A avaliação do governo é de que a criação de uma CPI neste momento, a três meses do início da campanha, tem caráter eleitoreiro. Há ainda o entendimento de que não justifica mais uma investigação, pois a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras (veja entenda o caso), que motivou a o requerimento para a instalação da comissão, está sendo apurada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE), só há duas opções: “Fazer uma CPI ampla ou não ter CPI”. “Vamos desenvolver uma estratégia de debater em plenário, nas comissões e na reunião de líderes para mostrar a incoerência de alguém querer a CPI pela metade. Já que eles pautaram esse debate e a transformaram em palanque, vamos incluir tudo”, disse Guimarães ao Correio.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), entretanto, diz que a manobra do governo para englobar outros temas no colegiado não é legítima. “É óbvio que não querem investigar. Se quisessem apurar formação de cartel da Alstom nos trens de São Paulo, fariam uma CPI só para isso, e eu seria o primeiro a assiná-la.

Querem tumultuar, evitar que a CPI se instale e que, se ela for criada, não funcione”, analisa. O líder tucano ressalta que o movimento para deixar a decisão sobre a comissão nas mãos da CCJ é ilegítima. “O requerimento cumpre todos requisitos, tem que instalar, sob o risco de afrontar a Constituição. Vamos à Justiça, não reconheço a legitimidade da decisão da CCJ”, pontuou.

Fonte: G1

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