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Policial que planejava prender Moraes diz que era admirador dele

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O agente da Polícia Federal Wladimir Soares, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e acusado de integrar um grupo com ações golpistas, afirmou durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) que tinha grande admiração pelo ministro Alexandre de Moraes.

A declaração foi proferida no início do interrogatório, quando Soares comentava sobre sua trajetória profissional em diferentes administrações.

— Em 2016, na época das Olimpíadas, acompanhei a segurança pessoal do ministro Alexandre de Moraes, que ocupava o cargo de Ministro da Justiça. Sempre tive muita admiração por ele, pois estudei Direito utilizando seus livros. Eu estava responsável pela sua segurança — relatou.

Em maio, a Polícia Federal elaborou um relatório baseado em áudios encontrados no celular de Soares, nos quais ele revela que estava preparado para deter Moraes e que não permitiria a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nas conversas recuperadas, Soares declarou que estava pronto para execução da prisão de Alexandre Moraes e teria integraria a equipe encarregada dessa ação.

— Estávamos prontos para isso. Eu faria parte do grupo que iria prender o Ministro Alexandre Moraes — relatou em diálogo datado de 2 de janeiro de 2023.

O policial ainda mencionou que, caso o plano fosse realizado, muitas pessoas seriam mortas:

— Iriamos com muita determinação, empurraríamos muitas pessoas. Mataríamos vários indivíduos. Estava indiferente a isso.

Em outra conversa, Soares afirmou que a posse do presidente Lula não aconteceria, pois eles não permitiriam:

— A população local está perplexa, ninguém entende. O próprio Ministério das Relações Exteriores estava despreparado para essa cerimônia, porque planejávamos impedir a posse. Porém, o então presidente Bolsonaro não concordou em agir apenas com coronéis do Exército, pois os generais eram contrários.

— Aqui todos estavam unidos, 100% da tropa queria agir, somente os generais se opunham.

Os acusados do grupo 3 enfrentam processos por tentativas violentas de derrubar a ordem democrática, tentativa de golpe, participação em organização criminosa armada, danos causados com violência e grave ameaça ao patrimônio público, assim como destruição de patrimônio histórico protegido.

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