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Presidente argentino barra ajuda para cidade alagada

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O presidente argentino, Javier Milei, bloqueou uma lei que estabelecia um fundo especial para a recuperação da cidade de Bahía Blanca, gravemente afetada por enchentes em março, que resultaram em 18 fatalidades e perdas financeiras significativas.

O decreto oficial, divulgado na terça-feira, cancela a legislação aprovada em junho que reconhecia Bahía Blanca e suas adjacências como área de desastre e previa um fundo de 200 bilhões de pesos argentinos (aproximadamente R$ 934 milhões). A anulação do veto pelo Congresso exigiria uma maioria qualificada.

O governo rejeitou o projeto argumentando que a lei não detalhava a origem dos recursos financeiros para cobrir os gastos, contrariando o compromisso do presidente ultraliberal com o equilíbrio orçamentário. A oposição qualificou a decisão do veto como insensível.

Além disso, afirmou ter fornecido auxílio a cerca de 32 mil pessoas desabrigadas por meio de um pagamento único de até cerca de US$ 2.500 (em torno de R$ 14 mil) para reconstrução.

Segundo o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, a proposta do Congresso representava uma sobreposição aos recursos já encaminhados, justificando, assim, o veto do presidente Milei à duplicação do auxílio.

A legislação vetada incluía benefícios financeiros, linhas de crédito facilitadas, prorrogações para pagamentos e isenção de impostos para os afetados.

As enchentes ocorreram após fortes chuvas que, em apenas oito horas, dobraram a média anual na cidade de 350 mil habitantes, localizada a 600 km ao sul de Buenos Aires.

O volume de água causou transbordamento de rios e destruição de infraestrutura, deixando veículos empilhados, residências e hospitais danificados, mil pessoas evacuadas e 18 mortos, incluindo duas meninas cujo desaparecimento emocionou o país.

Os danos foram estimados em cerca de US$ 400 milhões (aproximadamente R$ 2,1 bilhões).

Devido à gravidade da situação, o governo federal decretou três dias de luto nacional e mobilizou o Exército para auxílio. Milei visitou a região cinco dias após o desastre, enfrentando críticas pela demora na resposta.

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