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PT define novo líder do partido; entenda o processo e as consequências da decisão dos membros

Com aproximadamente 2,9 milhões de integrantes, o Partido dos Trabalhadores (PT) realiza neste domingo a votação para eleger seu novo presidente, com Edinho Silva, aliado próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como favorito.
Além da escolha da direção nacional, os integrantes do partido também votarão nos líderes estaduais e municipais.
A eleição para a presidência é feita por voto direto dos filiados e a apuração, que revelará o vencedor, deve ser concluída apenas na segunda-feira.
Os votos serão contados na sede nacional do partido, em Brasília, que reunirá os resultados de todas as regiões do país para definir o presidente eleito.
Durante a votação, os participantes também indicarão a corrente interna do PT que melhor representa suas ideias. O partido possui pelo menos quatro grandes correntes que influenciam seus membros: Construindo um Novo Brasil, liderada por Edinho Silva; Novo Rumo, de Rui Falcão; Articulação de Esquerda, de Valter Pomar; e Movimento PT, por Romênio Pereira.
A nova liderança será fundamental para traçar a estratégia do partido para as eleições de 2026, quando Lula deverá concorrer à reeleição.
A corrente que receber a maior quantidade de votos terá a maioria dos 90 integrantes do diretório nacional. Outras correntes terão representação proporcional à votação que obtiveram. Por exemplo, se a corrente Construindo um Novo Brasil conquistar 50% dos votos, ela terá metade dos membros do diretório; se Novo Rumo conquistar 30%, terá correspondente proporção, e assim por diante.
Cada corrente indicará seus representantes para o diretório nacional, podendo haver eleições internas ou acordos para a escolha. Após a formação do diretório, será escolhida a executiva nacional, órgão de decisões finais do partido.
O novo presidente do PT assumirá o cargo em agosto, substituindo o senador Humberto Costa (PE), que ocupou a função após a nomeação da ex-presidente do partido Gleisi Hoffmann para ministra em março.
Favorito
Considerado um “petista moderado” e próximo ao Lula, Edinho Silva deve focar em restabelecer alianças com partidos e políticos de centro, fortalecendo o presidente para a campanha de reeleição no próximo ano.
Aliados esperam que Edinho dê mais estabilidade para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e apoie medidas de ajuste fiscal. Uma de suas tarefas será reestabelecer o diálogo com o mercado financeiro e com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem se afastado do governo recentemente.

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