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Rússia mantém plano de criar sistema de pagamento além do dólar no Brics

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O ministro de finanças Anton Siluanov, da Rússia, declarou neste sábado (5) que, mesmo sem unanimidade entre os países do Brics, a Rússia continuará com os projetos para estabelecer um sistema de pagamento alternativo ao dólar nas transações internacionais.

Siluanov ressaltou que os mecanismos podem ser implementados em formatos bilaterais ou trilaterais, funcionando independente de consenso total.

Discussões avançam sobre a criação de uma nova plataforma de investimento, embora não haja ainda um acordo completo entre os países membros. O ministro enfatizou que o processo seguirá com os países interessados, sem a necessidade de consenso total para algumas decisões financeiras.

Ele explicou que as compras de títulos entre dois ou três países poderão ser resolvidas sem obrigação de acordo integral. Esses mecanismos serão lançados progressivamente, com novos membros podendo aderir ao longo do tempo.

Na declaração conjunta dos ministros de finanças e diretores dos bancos centrais do Brics, há reconhecimento do avanço na busca por maior interoperabilidade dos sistemas de pagamento, mas sem definição clara de como esses sistemas alternativos funcionarão. O relatório técnico destaca a importância de facilitar pagamentos transfronteiriços ágeis, econômicos, acessíveis, eficientes, transparentes e seguros entre os países.

Garantias e segurança para investimentos

Outro ponto relevante apresentado por Siluanov foi a proposta de criar um mecanismo de garantias vinculado ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), denominado Garantias Multilaterais do Brics (GMB). A iniciativa visa atrair investimentos privados em infraestrutura e desenvolvimento sustentável, oferecendo ferramentas para mitigar riscos e aumentar a confiança no bloco e no Sul Global. Um projeto piloto está previsto para 2025.

A formação de uma resseguradora para o Brics, associada ao NDB, é vista como estratégica. O ministro destacou a necessidade de estabelecer uma seguradora independente, já que o volume de comércio e transporte entre os países cresce, mas a capacidade atual de seguro é insuficiente e dominada por empresas ocidentais.

Siluanov explicou que a nova entidade seria uma organização internacional, com capital próprio integralizado pelos países interessados. Ela atuaria como resseguradora para proteger riscos diversos, como os logísticos, ligados à construção e às mudanças climáticas, abrangendo as empresas que operam nos países membros.

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