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Sabesp reduz em 18% população atendida pelo Sistema Alto Tietê

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Número caiu de 5 milhões (em 2014) para 4,1 milhões, diz companhia. Parte dos bairros da capital voltou a ser atendida pelo Cantareira.

Com o retorno das chuvas e o crescimento do volume armazenado em vários sistemas que abastecem a região metropolitana de São Paulo, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) diminuiu em 18% o número de pessoas abastecidas pelo Sistema Alto Tietê: de 5 milhões para 4,1 milhões. De acordo com a Sabesp, as regiões da Mooca, Vila Maria, Penha e Cangaíba, na capital, voltaram a ser atendidas pelo Sistema Cantareira.

Em dezembro de 2013 foi ampliado o número de pessoas atendidas pelo Alto Tietê de 3,8 milhões para 5 milhões, segundo a Sabesp. Um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira, em dezembro de 2014, o sistema chegou a operar com apenas 4,2% da capacidade.

Psicina de antiga propriedade foi revelada com o baixo nível da represa e se tornou um ponto diferente para a pescaria (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)

O volume ficou tão baixo que em abril de 2014 até uma piscina, de uma antiga propriedade desapropriada para que a represa do Rio Jundiaí fosse feita, foi revelada e se tornou um ponto diferente para a pescaria (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)

Outra mudança feita pela companhia com o retorno da chuvas foi nos horários de redução de pressão. “Desde o mês de dezembro de 2015, a Sabesp vem diminuindo os horários de redução de pressão, que hoje estão basicamente concentrados nos períodos da noite e madrugada, o que permite mais conforto à toda a população, principalmente aos moradores de áreas mais altas e distantes dos reservatórios, que enfrentavam maior dificuldade no período mais agudo da crise.” A Sabesp destacou ainda que o programa de sistema de bônus para economia permanece.

Números de recuperação
Embora os números não sejam os ideias, o Sistema Alto Tietê está em franca recuperação. Para isso, basta comparar o volume das represas no primeiro dia do ano de 2016 em relação a mesma data do ano passado. Em 1º de janeiro de 2015, o Sistema Alto Tietê tinha 12,1% de seu volume. Já neste ano, o índice foi de 23,7%. Mas os números não chegam nem perto do volume da mesma data em 2013, 41,5%.

Os dados são capazes de animar até o engenheiro aposentado da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), professor universitário e membro do Comitê de Bacias do Alto Tietê, José Roberto Kachel dos Santos. No final de 2014, ele chegou a prever que a água no Sistema Alto Tietê poderia acabar. “É um volume bom, tinha previsto 40% no final de março. Então está dentro da previsão. Para ter uma previsão mais para frente, precisa ver o final de março. Se continuar chovendo, vai ser mais tranquilo”, explica Kachel.

O engenheiro aponta 2014 como o ano mais crítico para o sistema. “Em 2015, choveu mais que a média no total do ano no Sistema Alto Tietê. Aliado a isso, a redução do consumo foi importante para termos esse cenário atual.”

O esvaziamento do sistema, além da falta de chuva também teve outro agravante. “Foi retirada muita água daqui para mandar para a capital por causa da situação do Cantareira. Mas, se continuar como está hoje poderemos ter 80% do volume do Alto Tietê em dois anos”, afirma Kachel.

Já a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que não pode precisar uma data para a recuperação do sistema, pois isso depende do regime de chuvas e do uso racional da água.

No domingo (6), o volume de armazenamento do sistema estava em 38,6%. Na mesma data, o Alto Tietê teve seu vigésimo dia consecutivo de elevação no índice.

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