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Saudade e homenagem: cemitérios do Distrito Federal cheios no Dia de Finados

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Brasilienses de diversas regiões administrativas visitam os cemitérios do Distrito Federal neste domingo (2/11), feriado do Dia de Finados, para prestar homenagens aos entes queridos que já faleceram.

Tomados pela fé e pela nostalgia, amigos e familiares levam flores, velas e zelam pelos túmulos como uma forma de demonstrar carinho e recordar aqueles que partiram.

Juarez Batista, 65 anos, e seu sobrinho Jailson Pereira, 46, saíram cedo de Santa Maria com destino ao cemitério da Asa Sul para visitar e realizar reparos no túmulo de seu pai e avó, respectivamente, mortos em 1970. Eles relembraram o paraibano Manoel Batista Sobrinho.

“Visitamos todos os anos. Cuidar da sepultura dele representa respeito, afeto e a saudade que sentimos. É algo sagrado para nossa família. Eu nem cheguei a conhecer meu avô, mas estou presente todos os Dias de Finados para compartilhar esse amor com ele”, comentou Jailson.

Os cemitérios do DF abriram às 7h, com entrada permitida até as 18h e encerramento das atividades às 19h. Velórios e sepultamentos ocorreram normalmente.

Emer Ferreira, aposentado de 78 anos, foi homenagear o filho que faleceu recém-nascido, em 1975, devido a problemas cardíacos.

“Foi nosso primeiro filho. Planejamos muito a chegada dele, mas infelizmente o perdemos ainda bebê. Depois tivemos mais três filhos, todos saudáveis e vivos até hoje. Visito ele todos os anos, converso e acendo uma vela no Cruzeiro. Este dia celebra o respeito às almas santas. Que Deus proteja e guie a todos”, disse o pai.

Nesta manhã, várias pessoas também levaram orações e presentes ao túmulo de Ana Lídia Braga, menina sequestrada e assassinada em 11 de setembro de 1973, no Plano Piloto, fato que chocou o país pela crueldade e impunidade do crime.

Os túmulos do ex-presidente e fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek, e do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz também receberam visitas de moradores brasilienses.

A entrada de pedestres foi liberada pelos portões principais dos cemitérios. As unidades administradas pela Campo da Esperança (Asa Sul, Brazlândia, Gama, Planaltina, Taguatinga e Sobradinho) contaram com sinalização e fiscalização no trânsito.

Na Asa Sul, três portões estavam abertos: o principal, o do Parque da Cidade e o do Setor Policial. O acesso de veículos foi restrito, permitido somente para carros com autorização especial para idosos, pessoas com deficiência ou autistas em Asa Sul, Taguatinga, Gama e Sobradinho. Em Planaltina e Brazlândia, veículos não tiveram acesso.

Transporte interno gratuito foi oferecido nos quatro maiores cemitérios do DF (Asa Sul, Taguatinga, Gama e Sobradinho), com vans circulando em média a cada 15 minutos.

Atendentes auxiliaram os visitantes a localizar jazigos, disponíveis também por meio de terminais de consulta nas unidades e QR codes nas entradas.

A segurança foi reforçada dentro e fora dos cemitérios, contando com apoio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e órgãos do Governo do Distrito Federal. A circulação de vendedores ambulantes dentro dos cemitérios foi proibida. Representantes de várias religiões promoveram programações específicas, e a Arquidiocese de Brasília realizou missas durante todo o dia nos seis cemitérios da capital.

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