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Síria pretende firmar acordos de segurança com Israel até o fim do ano

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A Síria tem a expectativa de concluir diversos acordos de segurança com Israel até o término deste ano, conforme declarou uma fonte do Ministério sírio das Relações Exteriores nesta quinta-feira (18). Estes acordos fazem parte das contínuas negociações entre os dois países que, apesar disso, permanecem em estado de guerra técnica.

Assad al Shaibani, o ministro sírio das Relações Exteriores, está em Washington para dar seguimento às conversas, segundo informação de uma fonte ministerial que preferiu manter o anonimato.

“Estamos vendo progresso nas negociações com Israel. Prevemos a assinatura de vários acordos antes do final do ano, principalmente relacionados a questões militares e de segurança”, afirmou a fonte.

O governo provisório da Síria — formado por uma coalizão de rebeldes islâmicos que depuseram o então presidente Bashar al Assad em dezembro de 2024 — busca também que os Estados Unidos levantem algumas sanções ainda vigentes contra o país.

A fonte ressaltou que o Executivo valoriza especialmente um acordo que estabeleça o fim das operações militares israelenses em solo sírio.

Esta visita de Shaibani representa a primeira vez que um ministro sírio das Relações Exteriores vai a Washington desde 1999, quando Faruk al Sharaa realizou negociações de paz com Israel na capital americana.

Desde 1967, Israel controla as Colinas de Golã, território que tomou da Síria durante a Guerra dos Seis Dias.

Os dois países têm uma história de conflito desde a criação de Israel, em 1948, e ainda não assinaram um tratado de paz, o que mantém a situação técnica de guerra entre eles. Diferentemente de seus vizinhos Egito e Jordânia, a Síria nunca normalizou suas relações com Israel.

Essa dinâmica começou a mudar após a queda de Assad, derrubado por um grupo islâmico que governou por quase 14 anos durante a guerra civil síria.

O novo governo, liderado pelo ex-jihadista Ahmed al Sharaa, afirma querer superar o impasse causado pelo longo conflito e conseguiu recentemente a suspensão de diversas sanções impostas pela União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos ao regime autoritário de Assad.

Apesar disso, em julho, Israel realizou ataques aéreos contra alvos militares sírios em Damasco, justificando a ação como proteção à minoria drusa na região de Sweida, local que foi palco de intensos combates entre as forças governamentais de Sharaa e grupos beduínos.

Os confrontos duraram cerca de uma semana e resultaram em aproximadamente 1.400 mortes, a maioria da comunidade drusa, conforme dados do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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