Centro-Oeste
Sócio de creche investigado pelo MP abre nova escola irregular no DF
Helio Edson Alves e Silva, envolvido no caso que levou o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) a investigar a creche Casa Nanny por suspeita de maus-tratos, passou a administrar uma nova escola no Distrito Federal, que também enfrenta irregularidades.
A EscoLAR Educacional, localizada em Arniqueira e que atende crianças de 1 a 5 anos, tem como sócio-administrador Helio Edson Alves e Silva. O Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF) informou que a escola não possui credenciamento junto à Secretaria de Educação (SEEDF) para oferecer serviços educacionais.
Além disso, a Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) foi notificada sobre o funcionamento irregular da instituição e planeja enviar uma equipe para inspeção ainda esta semana.
A reportagem tentou contato com a EscoLAR Educacional para esclarecimentos, porém ainda aguarda retorno. O local segue aberto no momento.
A direção da Casa Nanny, embora reconheça Helio Edson Alves e Silva como um dos sócios, afirmou que não há qualquer ligação societária entre a creche e a escola de sua nova administração, ressaltando que são instituições distintas, sem relação direta ou indireta na administração ou estrutura empresarial. Contudo, a Justiça do Distrito Federal rejeitou o pedido do MP para impedir que os sócios da Casa Nanny abrissem novas creches.
A creche Casa da Nanny foi fechada após denúncias de maus-tratos, além de operar sem autorização da Secretaria de Educação e apresentar problemas como falta de higiene, risco sanitário e estrutura inadequada, de acordo com a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon).
O MPDFT denunciou os responsáveis pelos crimes relacionados às relações de consumo, submeter crianças a constrangimento e associação criminosa, afirmando que eles tinham conhecimento das irregularidades, mas mantiveram as atividades visando ganhos econômicos e sem informar os pais sobre a real situação do espaço.
Em resposta, a defesa da creche contestou as acusações do promotor Leonardo Jubé, qualificando-as como sem provas e sem contexto, e criticou a divulgação de informações confidenciais de forma ilegal e sensacionalista, realizada por um agente público que deveria prezar pela justiça e legalidade.


Você precisa estar logado para postar um comentário Login