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Tireóide
Sabe quando avaliam sua #TIREOIDE por aí só através das dosagens de TSH e T4?
Isto pode ser uma avaliação BEM incompleta.e explico, basicamente:
Sua tiróide produz T4 (e um pouquinho de T3) sob a ordem do hormônio hipofisário TSH (Thyroid Stimulating Hormone) MAS quem importa mesmo para o controle do #metabolismo é o T3 – este é quem aumenta sua velocidade e qualidade de funcionamento geral (metabolismo); ou seja, a maior parte da sua produção hormonal tireóidea é de T4, que nos rins (sobretudo, mas também no fígado) será convertido em T3 (ou T3reverso, que é uma forma inativa de T3 mas que ocupa receptores também).
Lembre-se que hormônios geralmente precisam encaixar em receptores para que atuem.
Ocorre que só as frações livres destes hormônios é que são efetivamente ativas (T3 e T4 circulam em boa parte ligados a uma proteína chamada TBG).
Portanto, se um paciente tem o TSH elevado (em geral, acima de 3 já não está bom – não só acima de 5 como alguns laboratórios brasileiros preconizam) isto significa que a tireóide está algo preguiçosa e/ou francamente insuficiente (hipotireoidismo típico) para a demanda do organismo, sendo o tratamento mais comum a administração de T4 (levotiroxina).
Entretanto, tenho visto cada vez mais pacientes em consultório com TSH normal MAS T4l (T4 livre) baixo e/ou T3l (T3 livre) baixo e nestes casos pode ser necessário corrigir os fatores relacionados à produção de T4, à conversão de T4 em T3 ou mesmo a reposição de T4 e/ou T3 (aqui são importantes os hábitos de vida, dosagens de Selênio, Zinco, Testosterona, Progesterona, leptina, etc).
Outro caso algo comum é o de pacientes com sintomas de hipotireoidismo mesmo submetidos a reposição de altas doses de T4 – o que ocorre aqui é que muito do T4 reposto está virando T3r (T3 reverso) e este ocupa os receptores MAS sem função biológica e isto faz com que o paciente tenha grandes níveis de T4 no sangue (até livre), na prática tenha pouco hormônio atuando, já que os receptores estão ocupados!
Isto ocorre comumente quando o paciente “não melhora” e só recebe como tratamento aumentos sucessivos das dosagens de T4 ao invés de investigação e abordagem mais criteriosa das causas da “não melhora”, incluindo negligência dos hábitos de vida, desatenção aos níveis dos demais hormônios, carência de nutrientes, intoxicações, …
Concluindo: Em geral, NÃO dá pra avaliar direito a função tireoidiana de um paciente (e sua repercussão sistêmica) sem minimamente conhecer TSH, T4l, T3l e T3r; e em muitos casos ainda mais exames são necessários, como dosagens de anticorpos, etc.
Aprenda mais:
http://goo.gl/fcMplI
http://estudmed.com.sapo.pt/fisiologia/tireoide.htm
Ficou claro?
Leia também em http://goo.gl/eSCYor .
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