Conecte Conosco

Notícias Recentes

Tribunal de Justiça do DF desmembra inquérito da Operação Drácon

Publicado

em

Envolvidos sem foro privilegiado deverão ter ações conduzidas por uma das varas criminais do DF. Grupo foi denunciado em novembro, mas Corte ainda precisa decidir se aceita ou não acusações.

cldf_1 (1)

Composição da Mesa Diretora da Câmara Legislativa, em janeiro de 2015 (Foto: Mateus Rodrigues/G1)

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu desmembrar o inquérito da Operação Drácon a fim de deixar apenas deputados distritais envolvidos no caso para ser julgados pelo Conselho Especial da Corte. A ação foi “repartida” nesta segunda-feira (20).

A investigação apura um esquema de propina paga a parlamentares e funcionários da Câmara Distrital. Com o desmembramento, os réus Alexandre Cerqueira, Valério Neves e Ricardo Cardoso passarão a ser investigados por uma das varas criminais do DF.

Segundo a lei, nenhum dos três tem foro privilegiado. Por isso o Conselho Especial do tribunal deverá manter a prerrogativa somente aos distritais Bispo Renato (PR), Celina Leão (PPS), Julio Cesar (PRB), Cristiano Araújo (PSD) e Raimundo Ribeiro (PPS) no caso.

O grupo foi denunciado em novembro pelo Ministério Público do DF por corrupção passiva. Para os investigadores, há provas de que o grupo recebeu propina em troca de articular e aprovar emendas na Câmara Distrital para favorecer empresas em contratos com o governo.

Se condenados, todos poderão pegar até 24 anos de prisão. Os distritais também podem perder o mandato caso sejam considerados culpados. Por causa das investigações, os parlamentares chegaram a ficar afastados da Câmara, mas retornaram às atividades no fim do ano.

Ligações perigosas

Cerqueira é ligado ao Bispo Renato e é apontado como o emissário dos deputados. Já Neves é ligado à Celina Leão e em abril foi preso temporariamente no âmbito da Operação Lava Jato. Já Cardoso é ex-chefe do Fundo de Saúde, responsável por pagamento do governo ao setor.

A denúncia contra os investigados foi oferecida à Justiça em novembro do ano passado, mas aguarda decisão do Tribunal sobre as acusações. No caso dos envolvidos sem foro, a decisão caberá apenas a um magistrado.

Já os deputados terão as denuncias submetidas à votação do Conselho Especial, composto por 21 desembargadores. Não há prazo para que o caso seja analisado pelo colegiado. O relator da ação é o desembargador José Divino de Oliveira.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados