Segundo o ex-diretor interino do FBI, o procurador-geral adjunto teria discutido quantos membros do gabinete apoiariam a destituição de Trump em 2017
Trump: “Esta foi a ilegal e traiçoeira ‘apólice de seguro’ em plena ação”, afirmou o presidente (Chip Somodevilla/Getty Images)
Donald Trump afirmou, nesta segunda-feira, que as discussões sobre a possibilidade de invocar a Constituição para afastá-lo da presidência dos Estados Unidos fazem parte de um movimento “traiçoeiro e ilegal” contra ele.
O procurador-geral adjunto dos Estados Unidos Rod Rosenstein teria discutido quantos membros do gabinete apoiariam a destituição de Donald Trump do cargo de presidente dos Estados Unidos em 2017, segundo admitiu o ex-diretor interino do FBI Andrew McCabe em entrevista transmitida no domingo.
McCabe sustentou que a possibilidade de invocar a 25ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos foi apresentada por Rod Rosenstein, depois que Trump demitiu o diretor do FBI James Comey, em 9 de maio de 2017.
McCabe e Rosenstein “parecem que estavam planejando um ato muito ilegal e foram descobertos”, reagiu Trump no Twitter.
“Esta foi a ilegal e traiçoeira ‘apólice de seguro’ em plena ação”, continuou ele.
Trump tem atacado constantemente as investigações federais sobre os supostos vínculos de sua campanha presidencial com a Rússia, rotulando-as de uma “caça às bruxas” que busca sabotar sua presidência.
A “apólice de seguro” sobre a qual escreveu se refere a uma mensagem de texto ambígua enviada à sua amante por um importante investigador do FBI em agosto de 2016 e que alude às suas preocupações sobre a candidatura de Trump. Um texto que segundo o presidente indica a conspiração contra ele.
“Eu quero acreditar no caminho que estabeleceu no escritório de Andy – de que não há como ele ser eleito -, mas temo que não possamos correr esse risco”, escreveu o investigador Peter Strzok. “É como uma apólice de seguro no caso improvável de que morra antes dos 40 anos”.
Trump repente demitiu Comey em meio a tensões pela investigação do FBI sobre as possíveis ligações entre a campanha do presidente republicano em 2016 e o governo russo.
Fonte Exame
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