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Trump se encontra com primeiro-ministro britânico após recepção em Windsor

Após uma recepção luxuosa da família real britânica no Castelo de Windsor, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniu-se com o primeiro-ministro Keir Starmer nesta quinta-feira (18) para tratar das relações comerciais e dos conflitos na Ucrânia e em Gaza.
Donald Trump despediu-se do rei Charles III, a quem chamou de um “grande rei” e um “grande cavalheiro”, antes de seguir de helicóptero até a residência oficial de campo do premiê britânico em Chequers, localizada a 70 quilômetros de Londres.
Na sua segunda visita ao Reino Unido, algo inédito para seus predecessores, Trump não visitou Londres, onde cerca de 5.000 pessoas protestaram contra sua política migratória e o apoio do seu governo a Israel.
Apesar das diferenças ideológicas, o primeiro-ministro trabalhista buscou estabelecer um canal de diálogo entre o presidente americano e seus aliados europeus, especialmente sobre a guerra na Ucrânia, defendendo a necessidade de fortalecer o apoio a Kiev e aumentar a pressão sobre a Rússia para cessar as hostilidades.
Os dois líderes também abordaram a guerra em Gaza, tema em que têm posições divergentes. De acordo com o jornal The Times, Starmer adiou para o final de semana a declaração de reconhecimento do Estado Palestino na Assembleia Geral da ONU, evitando confrontos públicos com Trump.
Além dos temas geopolíticos, a visita teve um foco econômico, com a participação de grandes executivos em eventos e recepções e o anúncio de investimentos relevantes.
Donald Trump e Keir Starmer assinaram um acordo para fortalecer a cooperação em inteligência artificial, computação quântica e energia nuclear, buscando criar novas maneiras de colaboração entre governos, academia e setor privado.
O líder republicano destacou a importância da inteligência artificial como uma tecnologia revolucionária, enquanto o premiê destacou os mais de 150 bilhões de dólares em investimentos comprometidos por empresas americanas como Microsoft, Google e Blackstone.
Starmer ressaltou que esta visita trouxe promessas de empregos, crescimento e oportunidades ao povo trabalhador.
Porém, continua complexa a obtenção da isenção para o Reino Unido da tarifa de 25% sobre aço, anunciada por Trump em maio. O presidente americano mencionou que negociará para tentar obter um acordo mais favorável.
A recepção em Windsor foi marcada por grande pompa, onde o rei Charles III recebeu o presidente americano com salvas de canhão, procissão de carruagens e cerimônia militar, na qual Trump inspecionou uma guarda de honra no pátio do castelo.
À noite, um banquete real com 160 convidados celebrou a visita, com o monarca elogiando o compromisso do presidente americano em buscar a paz mundial.
No entanto, a chegada de Donald Trump foi marcada por protestos que exibiram imagens controversas ligadas a ele e ao caso do agressor sexual Jeffrey Epstein, um escândalo que tem abalado sua presidência e afetado a relação com o governo trabalhista.
Na semana anterior, Keir Starmer demitiu seu embaixador em Washington, Peter Mandelson, devido à amizade próxima deste com Epstein, num movimento para preservar a relação com a Casa Branca.
A visita de Trump e da primeira-dama Melania, que permaneceu em Windsor na manhã seguinte, encerrou-se no fim da tarde, com o embarque de retorno a Washington.

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