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Valdemar diz que há guerra online contra a direita

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, respondeu neste sábado (5/7) às críticas feitas por grupos de esquerda nas redes sociais contra o Congresso, após a revogação do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Um dos principais alvos das críticas foi o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

“Eles estão travando uma guerra na internet para acabar com a direita. Isso não vai acontecer, porque a direita está crescendo globalmente, não apenas no Brasil”, afirmou Valdemar durante evento do PL Mulher liderado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em Guarulhos, Grande São Paulo.

Últimos dias viram a circulação de vídeos feitos com inteligência artificial acusando o Congresso de favorecer os ricos. Pesquisa Quaest divulgada em 4/7 indicou que Hugo Motta virou símbolo do chamado “Congresso da Mamata”, expressão que viralizou nas redes.

Perfis progressistas criticaram supostos contrassensos entre discursos de contenção de despesas e o gasto do gabinete de Motta, além de sua atuação para ampliar a quantidade de deputados federais. Hugo Motta foi rotulado de “traidor” por liderar uma derrota histórica ao governo e aos líderes do Centrão na Câmara, mesmo tendo sido alçado ao cargo com o apoio do Planalto.

Valdemar destacou que os opositores investem pesado na internet com influenciadores de esquerda para fortalecer Lula. Para melhorar o governo, segundo ele, são necessárias mudanças amplas. Ele também defendeu o aumento das cadeiras no Congresso, de 513 para 531.

A pesquisa Quaest mostrou que 8% das menções negativas ao Congresso focavam em Hugo Motta, evidenciando uma personalização das críticas. Um dos dados mostrava a declaração de bens dele, que inclui uma aeronave, gerando questionamentos sobre sua conexão com as necessidades da população que usa transporte público.

Desde o início do confronto entre Legislativo e Executivo, 61% das menções ao Congresso foram críticas, 28% neutras e 11% positivas ou favoráveis ao governo.

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que continuarão pressionando o Congresso nas redes sociais, dada a resistência do Legislativo em discutir a taxação dos mais ricos e cobrar impostos de setores atualmente isentos.

A tensão entre Executivo e Legislativo

O governo anunciou um aumento no IOF no fim de maio, visando arrecadar cerca de R$ 20 bilhões para alcançar as metas fiscais de 2025. O Congresso reagiu negativamente e, após reuniões entre presidentes da Câmara e Senado, o Planalto recuou, reduzindo o reajuste.

Executivo e Legislativo concordaram em enviar uma Medida Provisória para compensar a receita perdida com o recuo no IOF.

Após isso, o clima entre os poderes ficou tenso. Hugo Motta pautou e aprovou a urgência do projeto que revogava o aumento do imposto, com o requerimento aprovado em 16/6, estabelecendo 15 dias para o governo apresentar solução política.

No entanto, antes do fim do prazo, Motta surpreendeu ao pautar e aprovar integralmente a derrogação do reajuste do IOF em 25/6.

O governo alega que, sem os recursos do IOF e da MP, terá que cortar programas sociais e bloquear emendas parlamentares.

Diante da derrota, o governo acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), o que poderia desencadear um conflito entre os Poderes.

Intervenção do STF e conciliação

Na sexta-feira (4/7), o ministro Alexandre de Moraes suspendeu as medidas do Executivo e Legislativo relacionadas ao aumento do IOF, convocando também uma audiência para promover diálogo.

Segundo o ministro, existem fortes razões para suspender imediatamente os atos em questão, visando garantir a independência e harmonia entre os poderes.

Alexandre de Moraes anunciou que avaliará após a audiência de conciliação, marcada para 15 de julho, se mantém as medidas cautelares adotadas.

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