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Zelensky encontra-se com o papa e avalia plano americano para Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, teve um encontro nesta terça-feira (9) com o papa Leão XIV na Itália, depois de informar que irá apresentar uma resposta aos Estados Unidos sobre a proposta de paz destinada a pôr fim ao conflito com a Rússia.
Zelensky foi recebido pelo papa na residência papal de Castel Gandolfo, próxima a Roma, pela manhã. Mais tarde, ele manterá um encontro com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Esta visita à Itália ocorre após encontros na segunda-feira com líderes europeus em Londres e Bruxelas, em meio às pressões exercidas pelo presidente americano Donald Trump para que Zelensky aceite o plano de paz. O presidente ucraniano afirmou que está analisando a proposta.
O plano oferecido pelos Estados Unidos, que inicialmente continha 28 itens, foi reduzido para 20 após diálogos entre delegações da Ucrânia e dos Estados Unidos, conforme mencionado por Zelensky.
“Vamos trabalhar nesses 20 pontos. Não estamos completamente satisfeitos com as sugestões apresentadas por nossos parceiros”, declarou Zelensky na segunda-feira.
“Na noite de terça-feira, faremos o possível para comunicar nossa posição aos Estados Unidos”, acrescentou.
O plano americano propunha que a Ucrânia cedesse territórios ainda não controlados pela Rússia, em troca de garantias na área de segurança, mas bloqueava a possibilidade de Kiev aderir à Otan.
De acordo com Zelensky, as negociações enfrentam obstáculos especialmente quanto às questões territoriais e garantias de segurança.
“Estamos considerando ceder territórios? Não temos respaldo legal para isso, devido à legislação ucraniana, nossa Constituição e o direito internacional. Além disso, não temos respaldo moral”, afirmou.
“O ponto crucial é entender o que nossos parceiros fariam caso a Rússia lance nova agressão. Até o momento, não recebemos resposta sobre esse tema”, ressaltou.
Zelensky também discutirá o assunto com Meloni. A líder italiana tem apoiado a Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, apesar das incertezas manifestadas por um parceiro de sua coalizão, Matteo Salvini, chefe do partido nacionalista Liga.


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