Saúde
1 em cada 5 brasileiros come doces cinco ou mais vezes por semana
Um em cada cinco brasileiros consome doces cinco ou mais vezes por semana. O problema maior ocorre entre a população jovem, revela estudo feito pelo Ministério da Saúde: 28,5% das pessoas entre 18 e 24 anos consomem esses produtos com regularidade.
“Estamos expondo essa população a um risco expressivo para diabete”, afirmou a diretora de Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho de Souza.
Na pesquisa, coordenada pelo Ministério da Saúde nas capitais do país e no Distrito Federal, 7,4% dos entrevistados disseram ter diagnóstico médico de diabetes. O porcentual é maior do que o identificado pelo mesmo estudo em 2006, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez. Naquele ano, 5,5% dos entrevistados afirmavam ter diagnóstico da disfunção.
Diabetes mais frequente entre mulheres
O Vigitel confirma ainda uma tendência já vista em vários países: o aumento dos casos de diabete entre pessoas de menor renda. O trabalho brasileiro mostra que a disfunção atinge sobretudo pessoas com baixa escolaridade. “Consequentemente, de menor salário”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
Em 2015, as taxas da doença entre pessoas entre 0 e 8 anos de estudo que se declararam diabéticas foi de 13,5%. Um porcentual bem mais alto do que o identificado com pessoas de 12 anos ou mais de escolaridade: 3,7%.
“Esse grupo assistiu também ao longo de 10 anos um aumento das taxas, mas muito menos expressivo”, observou a diretor. Em 2006, 2,8% dos entrevistados com maior escolaridade se diziam diabéticos.
Rio e Porto Alegre têm maior índice de doença
Rio e Porto Alegre são as capitais que apresentaram maiores indicadores de pessoas que se declaram com a doença. No Rio, 8,8% dos entrevistados disseram ser diabéticos, enquanto em Porto Alegre a taxa foi de 8,7%.
São Paulo apresentou o quinto maior porcentual: 7,7% disseram ter o problema. Palmas teve o melhor indicador: apenas 3,9% dos entrevistados afirmaram ser diabéticos. Maria de Fátima observou, no entanto, que os números devem ser avaliados com certo cuidado.
“É preciso levar em conta também o acesso ao diagnóstico”, disse. Maiores taxas, completou, podem estar associadas a locais onde a oferta de atendimento seja facilitada.
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