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10% dos remédios usados contra câncer estão em falta no DF
Sete dos 65 medicamentos usados pela rede pública no tratamento contra câncer estão em falta nos estoques da Secretaria de Saúde doDistrito Federal. Pelo menos três deles já haviam sido adquiridos em uma compra emergencial feita em setembro do ano passado, por R$ 15,5 milhões. Na época, a pasta afirmou que os remédios durariam um ano. O problema existe desde janeiro, quando o desabastecimento atingia 34% da lista.
De acordo com o secretário-adjunto, Elias Fernando Miziara, o aumento da demanda, dificuldades legais e a “falta de responsabilidade dos representantes comerciais” provocaram o déficit. Mesmo reconhecendo o problema, a pasta alega que muitos remédios têm substitutivos e que todos os pacientes têm sido atendidos. As medicações são usadas principalmente por pessoas que estão em tratamento contra leucemia, linfomas, melanoma e câncer de mama.
“O que tem acontecido, na maior parte das vezes, é que as empresas não estão ofertando o produto no pregão. Elas não participam, mesmo tendo sido divulgado, sabem que a gente precisa, que foi anunciado, que a gente vai comprar. Não posso obrigar ninguém a participar do processo, mas, como nós somos obrigados a comprar e não conseguimos no processo regular, temos que partir para a compra emergencial. Isso muitas vezes aumenta o tempo gasto e o preço final”, afirma Miziara.
O secretário também explicou que monitora o consumo dos medicamentos que estão no estoque e que costuma abrir o pregão com 120 dias de antecedência do prazo para que eles acabem. Mas, apesar do acompanhamento, ele diz que em alguns casos a demanda acaba levando a um consumo muito superior, em um tempo menor do que o que se previa.
“São os mesmos produtos [comprados em setembro]. Às vezes acrescenta algum ou exclui o outro, mas a lista é basicamente a mesma. O que explica é que o consumo aumenta repentinamente e por duas razões: vem paciente de outras cidades para tratamento aqui, mas não vem o medicamento junto. E tem o aumento da população, que acontece o tempo todo. Não posso aumentar em 1%, por exemplo, a quantidade de medicamentos a comprar com base na previsão de crescimento da população”, declarou.
Segundo a secretaria, os fornecedores dos remédios Paclitaxel, Idarrubicina e Etoposideo foram notificados por atraso na entrega. As medicações Ifosfamida e Vinorelbina estão com o processo de aquisição emergencial em andamento. A pasta aguarda a homologação do pregão eletrônico para compra de Tioguanina e espera a finalização da licitação para a Epirrubicina. Não há data para regularização do estoque.
(Foto: ilustrativa)
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