Centro-Oeste
2,4 mil brigadistas ajudam bombeiros no combate aos incêndios no DF
Em uma das secas mais prolongadas, os focos se espalham pela vegetação da capital do país. Ontem, 1,2 mil hectares da Flona foram atingidos, segundo o ICMBio. A umidade relativa do ar chegou a 7%, menor índice de todos os tempos
A capital do país está atravessando um longo período de estiagem, cenário propício para que ocorram preocupantes incêndios florestais — foram 6.882 ocorrências em 2024, até o início de setembro, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). O trabalho de combate às chamas é feito por militares da corporação, junto a brigadistas do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), do Instituto Chico Mendes (Icmbio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). São pouco mais de 2,4 mil brigadistas que somam esforços aos militares do CBMDF para apagar incêndios em vegetação.
O Correio conversou com brigadistas de dois institutos, que contaram como é a rotina cansativa de combate a focos de incêndio em vegetação. Trabalhando há 14 anos no Ibama, Nivaldo Oliveira Lima, 37, classificou como intenso o cotidiano de enfrentar as chamas. “Desde 1º de junho, temos trabalhado com muito esforço e dedicação”, detalhou. O profissional ainda fez o alerta: “Precisamos do apoio da sociedade. Uma parte dos incêndios é causada pela ação humana, principalmente nesta época de seca.”
Nas ocorrências de incêndios florestais, Nivaldo descreveu que tudo começa com a organização da equipe. “Trabalhamos com um planejamento, analisando o mapa, as condições climáticas e para qual lado o vento está soprando”, explicou. “A sensação de estar em uma mata fechada diante do fogo é terrível, por isso, todos os anos fazemos cursos de aperfeiçoamento. É uma profissão que exige constante atualização, mas, a cada incêndio combatido, a sensação de dever cumprido e de ter salvado vidas compensa o esforço”, detalhou.
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