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30 pernas humanas presas no aeroporto do Chile por um ano para ensino

Cerca de 30 pernas humanas importadas dos Estados Unidos para fins educacionais estão retidas há um ano no aeroporto internacional de Santiago, aguardando decisão da Suprema Corte sobre seu envio para universidades, informou a autoridade sanitária local.
Essa importação incomum foi feita em setembro de 2024 pelo Centro Privado de Treinamento Médico-Cirúrgico (CEMQ), que oferece capacitação e formação para profissionais de saúde.
Entretanto, a carga permanece no aeroporto porque a regulamentação atual não prevê a importação de partes de cadáveres, uma vez que os corpos utilizados para ensino e pesquisa devem ser provenientes de doações realizadas no Chile, explicou a subsecretária de Saúde Pública.
O CEMQ não esclareceu se adquiriu as pernas ou as recebeu como doação. Após a recusa da autoridade sanitária em autorizar a entrada da carga, o centro ingressou com recurso judicial. O caso chegou até a Suprema Corte, que deve emitir uma decisão este ano.
Nas faculdades de medicina do país, os corpos normalmente são obtidos a partir de restos não reclamados em necrotérios ou centros hospitalares, além de doações, que são menos comuns.
Segundo um estudo de 2019 da Universidade Austral, muitas instituições de ensino superior no Chile enfrentam dificuldades para obter material para seus laboratórios de anatomia devido ao baixo número de doadores e ao aumento recente no número de faculdades de medicina.

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