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4,4 milhões enfrentam fome grave na Somália
Cerca de 4,4 milhões de pessoas na Somália estão lidando com uma grave crise de fome, de acordo com a Agência Somali de Gestão de Desastres (SoDMA), que também informou que mais de 100.000 indivíduos foram forçados a deixar suas casas por conta dos conflitos desde junho.
Conforme dados da ONU, a Somália, um país com cerca de 18 milhões de habitantes no Chifre da África, é uma das nações mais afetadas pelas mudanças climáticas. Nos últimos cinco anos, a região enfrentou a pior seca em quarenta anos e também inundações severas.
Durante décadas, a população tem sofrido com ataques do grupo extremista Al-Shabaab, ligado à Al-Qaeda, que ganhou terreno recentemente. Além disso, a ajuda internacional para o país tem diminuído.
A SoDMA declarou em sua rede social X que “a Somália está vivendo uma crise intensa, com cerca de 4,4 milhões de pessoas enfrentando insegurança alimentar grave”.
Desde o início do ano, a crise agravou-se 29% devido à seca prolongada, insegurança crescente e redução da assistência humanitária.
Além disso, aproximadamente 1,7 milhão de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição aguda, com 466.000 em estado crítico.
Conflitos recentes entre as tropas governamentais e forças leais a Jubalândia, estado semiautônomo no sul do país, causaram o deslocamento de 38.000 pessoas e mais de 10.000 buscaram refúgio no Quênia.
Além dos desafios internos, a Somália sofreu um corte no apoio financeiro internacional, especialmente vindo dos Estados Unidos, que até então era o principal doador. Essa redução afetou os já limitados recursos disponíveis.
A organização britânica Save the Children alertou, em maio, que a falta de financiamento pode levar ao fechamento de mais de 25% de seus centros de saúde e nutrição no país.

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