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60% das casas do programa Casa Paulista são crédito que cobre só 6% do preço

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Quase 60% das casas anunciadas pelo programa Casa Paulista, liderado pela gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), são financiadas por cartas de crédito que possuem valor médio de R$ 12 mil.

Cada residência construída diretamente pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) custa, em média, R$ 200 mil. Portanto, as cartas de crédito correspondem a apenas 6% do valor total do imóvel. O governo justifica que esse crédito inicial ajuda as famílias a darem a entrada e terem acesso a financiamentos.

De janeiro de 2023 até junho, conforme dados da CDHU, 57.359 unidades foram entregues, e dentre elas, 32.481 foram viabilizadas por meio de cartas de crédito no valor médio de R$ 12,2 mil.

Além disso, outras 109.521 moradias estão em construção. Deste total, 67.479 unidades correspondem a cartas de crédito imobiliário, com valor médio de R$ 12,6 mil. Somando tudo, das 166.880 moradias entregues ou em produção até o momento, 99.960 são financiadas por cartas de crédito, o que representa quase 60% do total do programa habitacional.

A carta de crédito é um subsídio a fundo perdido que varia entre R$ 10 mil e R$ 16 mil e é destinada a famílias com renda de até três salários mínimos. Conforme a gestão, esse benefício possibilita o acesso habitacional para famílias sem condições de acessar o crédito formal, pois dificilmente teriam poupança suficiente para a entrada do financiamento.

A renda média das famílias atendidas pela CDHU em 2023 é de 1,7 salários mínimos. Além disso, outras 13.180 moradias foram entregues ou estão sendo produzidas por meio de aportes complementares a programas federais, como o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e o Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).

Sobre o programa Casa Paulista

O programa habitacional é divulgado pelo Governo de São Paulo como o maior da história do estado, com a meta de entregar 200 mil moradias até o final do próximo ano. Além das unidades disponibilizadas ou em produção, outras 40 mil ainda deverão ser contratadas.

O governador Tarcísio de Freitas tem ressaltado publicamente os resultados do programa e o trabalho do secretário de Habitação, Marcelo Branco. Segundo ele, o programa implantou uma escala inédita na construção de habitações, superando os números históricos do estado.

Os investimentos estaduais no fornecimento de moradias, entregues e em construção, até o momento chegam a R$ 11,1 bilhões.

A visão da CDHU

Em nota, a CDHU explicou que o programa Casa Paulista é estruturado sobre quatro pilares: produção habitacional, crédito imobiliário, regularização fundiária urbana, e melhorias habitacionais e urbanas. As duas primeiras modalidades são as principais responsáveis pela criação de novas moradias.

A CDHU informou também que já foram investidos R$ 5,7 bilhões na produção habitacional em 28 meses, valor que supera o total investido nos sete anos anteriores. Desde 2023, foram emitidas 73,7 mil cartas de crédito imobiliário, o que representa um crescimento de 45% nos subsídios quando comparado ao período anterior do programa, que começou em 2012.

O programa atende famílias com diferentes perfis e possibilidades financeiras, ampliando o acesso à moradia própria. As cartas de crédito oferecem subsídios que facilitam o pagamento da entrada ou diminuem as parcelas dos financiamentos tradicionais. A média de renda das famílias que usaram as cartas em 2023 é de cerca de dois salários mínimos, indicando o sucesso na inclusão de pessoas com menor poder aquisitivo.

Até o momento, mais de R$ 920 milhões foram investidos nessa modalidade para reduzir o déficit habitacional no estado.

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