Economia
Depois de 20 semanas de queda, projeção para o PIB tem primeira alta
Taxa básica de juros Selic continua sendo calculada em 5,50% em 2019, mas para o próximo ano os economistas consultados passaram a vê-la a 5,75%
São Paulo — A expectativa para o crescimento econômico do Brasil voltou a subir na pesquisa Focus do Banco Central após 20 reduções seguidas, enquanto o cenário para a taxa básica de juros caiu em 2020.
O levantamento semanal divulgado nesta segunda-feira mostrou que a estimativa de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano aumentou em apenas 0,01 ponto percentual, a 0,82%. Para 2020 permanece expectativa de expansão de 2,10%.
A taxa básica de juros Selic continua sendo calculado em 5,50% em 2019, mas para o próximo ano os economistas consultados passaram a vê-la a 5,75%, de 6,00% antes. Atualmente a Selic está no piso histórico de 6,5 por cento.
Já o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, veem a taxa mais baixa ainda em 2020, a 5,50%, de 6,25%. Mas ainda vê a Selic a 5,50% em 2019.
Inflação
A expectativa para a alta do IPCA também caiu este ano, a 3,78%, de 3,82%, mas foi mantida em 3,90% para 2020.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa foi de 3,75% para 3,65%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual.
Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2 25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto.
As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,60% em 2019, 3,90% em 2020 e 3,90% em 2021. Elas constaram no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de junho.
Câmbio
O relatório também mostrou alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano passou de R$ 3,80 para R$ 3,75, ante R$ 3,80 de um mês atrás. Para o próximo ano, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 3,80, número igual ao verificado quatro pesquisas atrás.
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