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Bebês desenvolvem ”síndrome do lobisomem” após erro farmacêutico

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Na Espanha, 17 bebês sofreram mutação genética que consiste no crescimento anormal de pelos pelo corpo

Em 2012, o caso de uma família que desenvolveu a ”Síndrome do Lobisomem” ficou conhecido no mundo
(foto: Prakash Mathema/AFP – 25/3/12 )

Dezessete bebês desenvolveram uma condição conhecida como “síndrome do lobisomem”. O caso ocorreu na Espanha, após uma falha interna na empresa Farma Química Sur, que trocou medicamentos. A empresa vendeu Omeprazol, que na verdade era Mixodil, o que foi responsável pela crise.
Segundos especialistas, a “síndrome do lobisomem” é resultante de uma mutação genética e consiste no crescimento anormal de pelos escuros pelo corpo. Em alguns casos, pacientes nascem com a condição, que não tem cura, mas existem tratamentos para amenizar o problema.
Os pacientes que nascem com a síndrome podem optar também por depilação periódica das regiões afetadas. Em casos mais graves, existe surgimento de cabelos da face, além do resto do corpo.
Mas esse não é caso dos bebês espanhóis. Segundo as autoridades, a condição foi induzida pela ingestão de um remédio recomendado para pacientes com a calvice.
De acordo com o Ministério da Saúde da Espanha, o caso ocorreu após a Farma Química Sur trocar as etiquetas de duas drogas: uma recomendada para quem tem alopecia (calvície) e a outra que contém omeprazol, para tratar refluxo em bebês.
Ainda segundo o Ministério, a condição dos bebês deve ser revertida em algumas semanas e eles devem voltar a produzir pelos normalmente.
Depois da confusão, o centro de distribuição da empresa farmacêutica fechou e a investigação é conduzida pela Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (Aemps) e o Ministério Público da Cantábria.

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