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PF inaugura laboratório para análise de DNA em investigações de crimes sexuais

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Tecnologia permitirá análise simultânea de mais de 40 amostras, com capacidade anual de processamento de 5 mil vestígios. Cerca de 100 mil amostras aguardam análise no país.

Servidores da Polícia Federal no laboratório do Instituto Nacional de Criminalística para análise de DNA em investigações de crimes de violência sexual — Foto: Gabriel Palma/TV Globo

A Polícia Federal inaugurou nesta quarta-feira (11) um laboratório no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para análise de DNA em investigações de crimes de violência sexual.

O novo laboratório de perícia é dotado de uma plataforma para extração e análise de DNA. O equipamento permite a diferenciação do DNA, separando frações masculinas e femininas, e a análise simultânea de 40 amostras.

As amostras de DNA são incluídas no Banco Nacional de Perfis Genéticos, que reúne perfis genéticos de condenados, investigados e vestígios de locais de crime.

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que participou da cerimônia de inauguração, a inserção de vestígios localizados em cenas de crime auxilia a investigação e a identificação de criminosos.

“Esse robô aumenta muito a capacidade de processamento da análise dos vestígios relacionados a crimes sexuais. Realiza o exame simultâneo de mais de 40 amostras e com uma capacidade anual de 5 mil vestígios sendo processados”, disse Moro.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Marcos Camargo, a tecnologia auxiliará na resolução de crimes.

“Os crimes sexuais, na maioria das vezes, só podem ser elucidados por meio de investigação científica. É muito raro uma prisão em flagrante de um caso desses. Por isso, investir em tecnologias como esse novo laboratório é fundamental para o Brasil reverter o quadro de baixa taxa de solução de crimes”, disse Camargo.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, existem aproximadamente 100 mil vestígios que carecem de análise no país. Segundo o ministro Sergio Moro, essas amostras serão analisadas progressivamente pela nova tecnologia.

Em Brasília, a Polícia Federal atenderá inicialmente as demandas de Acre, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins. A tecnologia também será utilizada em laboratórios em São Paulo e no Rio Grande do Sul.

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