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Saiba o que pode e o que não pode durante um isolamento domiciliar

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A primeira questão é saber se o paciente deve ficar completamente isolado em sua residência ou, no caso de morar com a família, ocupar apenas um cômodo da casa e manter distância dos demais moradores

Área de isolamento do Hospital Regional da Asa Norte
(foto: Reprodução)

Até o momento, o isolamento domiciliar tem sido a principal resposta aos casos de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil. Apesar disso, existem muitas dúvidas de como essa quarentena realmente acontece e, principalmente, de como os pacientes e parentes devem se comportar em uma situação como essa. O Estado ouviu especialistas para saber, afinal, detalhes sobre o tema.

A primeira questão é saber se o paciente deve ficar completamente isolado em sua residência ou, no caso de morar com a família, ocupar apenas um cômodo da casa e manter distância dos demais moradores. Existem duas ponderações sobre esse questionamento: o que é ideal e aquilo que é possível. Para o infectologista Jean Gorinchteyn, o ideal seria que o paciente ficasse sozinho em casa.

“Neste caso, ele elegeria uma pessoa para ser o seu elo com o mundo externo – pode ser um amigo, um parente, assistente social ou médico. Durante esse contato, o paciente deve usar máscara e seguir todo o protocolo de cuidados”, disse. “Esse escolhido, o elo, seria a pessoa responsável por fazer compras, cuidar das contas e coisas cotidianas”, completou.

Mas, em outro estágio do avanço da doença no país, pedir para que pessoas deixem suas casas pode não ser factível. “Então, o viável seria isolar esse paciente em um único cômodo da casa — limitando o contato a apenas uma pessoa”, comentou o também infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira Junior.

“Elo”

Tanto no caso em que a pessoa elege um “elo” com o mundo externo ou naquele em que divide a casa com familiares, todas as pessoas envolvidas precisam testar para o coronavírus. Segundo os especialistas, não existe a necessidade que a pessoa passe o dia inteiro usando a máscara em casa. O uso só é recomendável quando ela está em contato com outra pessoa.

Independentemente do isolamento absoluto ou com algum familiar sob o mesmo teto, algumas regras são básicas. Os talheres da pessoa infectada pelo coronavírus não devem ser compartilhados. Mais do que isso, o talher precisa ser lavado com uma esponja que também não seja usada em outros talheres da casa. A pessoa que for lavar esses itens precisam usar luvas. E, claro, existe a hipótese do uso de talheres descartáveis.

Outro ponto importante: a roupa do indivíduo diagnosticado com coronavírus precisa ser manipulada (lavada, passada) separada das peças do restante da família ou das demais pessoas que, por ventura, o paciente tenha tido contato. O mesmo vale para peças de cama, toalhas etc.

A princípio não há restrições alimentares ou dieta específica para ser seguida. Em relação ao consumo de álcool, os médicos advertem que ele não é recomendado em nenhum quadro de infecção ou doença – mas não há proibição expressa.

As condições clínicas do paciente é que vão definir o que ele pode ou não em termos de alimentação ou atividades físicas. Se não existir um indicativo para repouso absoluto, o paciente poderia, por exemplo, “fazer esteira” ou usar a bicicleta ergométrica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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