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Economia

Guedes segue Europa e Ásia e lança medidas para estimular a economia

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Entre as medidas esperadas estão o estímulo ao setor da construção civil, linhas de crédito para empresa ligada ao turismo e um socorro a companhias aéreas

Paulo Guedes: ministro vem sendo pressionado a anunciar medidas para proteger a economia do coronavírus (José Cruz/Agência Brasil)

São Paulo — O Ministério da Economia deverá divulgar nesta segunda-feira, 16, um pacote de medidas para ajudar a economia brasileira enfrentar a pandemia do novo coronavírus. São esperadas cerca de 20 ações para estimular o consumo e ajudar setores específicos.

Na quinta-feira, 12, diante do rápido avanço da doença no país, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia anunciado que a pasta iria preparar um conjunto de ações para reduzir o impacto da crise. De imediato, o ministro divulgou a liberação de 23 bilhões de reais para a antecipação do pagamento, em abril, da parcela de 50% do 13º salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).

Também foram antecipadas na sexta-feira, 13, outras ações, como a isenção de tarifa de importação de produtos médicos e hospitalares e uma possível liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Entre as medidas esperadas estão o estímulo ao setor da construção civil, linhas de crédito para empresa ligado ao turismo e um socorro a companhias aéreas.

A crise do coronavírus chegou ao país num momento em que a economia, que cresceu apenas 1,1% em 2019, ainda tentava timidamente acelerar. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para arbitrar a taxa básica de juros. É quase certo que novos cortes venham por aí.

O impacto do coronavírus na economia global tem suscitado estímulos dos governos em todo o mundo. No domingo, 15, o Federal Reserve, o banco central americano, anunciou um novo corte de um ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos, menos de duas semanas depois do corte anterior. Agora, a taxa americana ficou entre zero e 0,25%. No começo de março, a taxa já havia sido reduzida de forme emergencial em meio ponto percentual, ficando entre 1% e 1,25%.

A União Europeia também liberou 37 bilhões de euros nos últimos dias para financiar medidas urgentes de combate ao novo coronavírus e remediar o custo econômico da crise para empresas e trabalhadores. O governo italiano também deve anunciar nesta segunda-feira pacote de 28 bilhões de euros.

Já o banco central japonês afirmou que fornecerá liquidez aos mercados financeiros por meio de compras de títulos soberanos de cinco e dez anos no valor quase 2 bilhões de dólares, além de uma injeção de quase 14 bilhões de dólares em linhas de crédito. A China, onde o coronavírus começou, investiu quase 16 bilhões de dólares no combate à pandemia e vem incentivando bancos locais a emprestar dinheiro barato.

A corrida para tentar salvar a economia global dos impactos do coronavírus parece estar só começando.

 

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