Mundo
Ramadã deste ano será o mais diferente da história
Mês sagrado dos muçulmanos terá mesquitas fechadas e restrições aos lautos jantares com amigos e parentes
Este ano, o mês sagrado do Ramadã, que começa nesta sexta-feira, 25, na maioria dos países árabes, será bem diferente. Pela primeira vez na história, os muçulmanos não poderão fazer suas preces nas mesquitas, uma das maiores tradições dos 30 dias dedicados ao jejum e a práticas espirituais que são destinadas a aproximar os fiéis do profeta Maomé, o fundador da religião islâmica.
O Ramadã é comemorado durante as quatro semanas em que os versos sagrados do Alcorão teriam sido revelados ao profeta, na Arábia Saudita. A data do início e do fim do evento religioso é determinada pelo calendário lunar e a chegada da lua crescente. Por isso, pode ter pequenas variações nas diversas regiões do mundo.
Por conta do coronavírus, as duas mesquitas nas cidades de Meca e Medina, consideradas as mais importantes do mundo islâmico, estarão fechadas. No Egito, todas as 100.000 mesquitas do país trancaram as portas. No Cairo, um dos templos islâmicos mais antigos do mundo, o Amr ibn al-As, do século 7º, não poderá receber os fiéis. Em Istambul, na Turquia, a mesquita Hagia Sophia, considerada uma das mais bonitas do mundo, está sendo desinfetada diariamente em uma tentativa de não fechar de vez as portas.
Os muçulmanos deverão enfrentar ainda mais restrições durante o mês sagrado. Até o jejum corre o risco de ficar comprometido. A praxe é tomar um café da manhã reforçado pouco antes do amanhecer, com ovos, pepino, tomate, charutinho de uva, homus e doces árabes. Depois, não se come mais nada até a noite.
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