Economia
Dólar recua com menor tensão comercial entre China e EUA
Representantes dos dois países reafirmaram a intenção de manter primeira fase do acordo comercial; desemprego nos EUA aumento menos do que o esperado
O dólar recua frente ao real, nesta sexta-feira, 8, acompanhando o movimento global de desvalorização da moeda americana. No mundo, os investidores estão otimistas com a melhora da relação entre China e Estados Unidos. Em telefonema realizado nesta madrugada, os dois países reafirmaram a intenção de manter a primeira fase do acordo comercial, que vinha sendo vista com desconfiança, com a recente escalada de tensões sobre a origem do vírus. Às 9h40, o dólar comercial caía 0,8% reais e era vendido por 5,793 reais, enquanto o dólar turismo se desvaloriza 1,2%, cotado a 6,01 reais.
Os payroll dos Estados Unidos, divulgado nesta manhã, também contribui para o tom positivo nos mercados. Embora tenham sido um dos piores da história, os dados oficiais de emprego referentes ao mês de abril vieram melhores do que as expectativas. O relatório de emprego não-agrícola apontou para o fechamento de 20,5 milhões de postos de trabalho. A taxa de desemprego no país saltou para 14,7%, abaixo dos 16% esperados.
Apesar da valorização do real, o clima no mercado de câmbio ainda é tenso, tendo em vista a recente disparada do dólar. Ontem, 7, mesmo com o cenário externo positivo, a moeda americana voltou a fechar em níveis recordes no Brasil, impulsionada pelo corte de juros acima do esperado.
Em relatório, Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti, escreveu que o dia deve ser mais positivo para o real, mas não descartou uma inversão do movimento de depreciação do dólar. Segundo ele, a combinação de fatores internos ainda pode pressionar negativamente o real, como “juros cada vez mais baixos, economia em colapso e persistentes incertezas em nossa seara política”.
“Já tinha comentado que a moeda caminhava a passos largos em busca dos 6 reais e volto a ratificar a minha opinião. Espero estar enganado, pois o dólar nestes níveis não é bom para ninguém”, escreveu.
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