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Economia

Ibovespa recua com incerteza sobre reabertura econômica

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Possível segunda onda de contaminação assusta investidores; corte de produção de petróleo ajuda Petrobras

Bolsa: possibilidade de nova onda de contaminação pressiona Ibovespa (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

A bolsa brasileira opera em queda, nesta segunda-feira, 11, refletindo o cenário global de maior aversão a risco, após registros de novos surtos de coronavírus covid-19 em países que iniciaram processos de reabertura econômica, como Alemanha, China e Coreia do Sul. Às 11h24, o Ibovespa, principal índice de ações, caía 0,40% e marcava 79.924,82 pontos.

“O aumento de casos em lugares que, até então, estavam com a doença controlada gera toda uma incerteza sobre a reabertura das economias, que é um ponto em que o mercado financeiro está muito focado”, afirmou Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos.

Na Coreia do Sul, tida como um dos países que melhor atuaram no combate à pandemia, o governo voltou a fechar bares e baladas, após um bairro conhecido por sua vida noturna se tornar o novo foco da doença em Seul. Com o aumento da contaminação, a Coreia também adiou a reabertura das escolas.

No cenário interno, o foco dos investidores está no campo político, com a expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro vete do pacote de auxílio aos estados e municípios a possibilidade de reajuste salarial aos servidores públicos. Na semana passada, a saída de Paulo Guedes do ministério da Economia voltou a ser sondada, após o líder do governo, Major Vitor Hugo, afirmar que os parlamentares seguiram as orientações do presidente ao descongelarem os selários dos servidores. Esta era a única contrapartida proposta por Guedes.

Por outro lado, o corte de produção de petróleo anunciado pela Saudi Aramco traz maior alívio aos investidores. A companhia, controlada pelo governo da Arábia Saudita, deve reduzir a produção diária em 1 milhão de barris. O anúncio fez o petróleo, que operava em queda, virar para alta.

Apesar de considerar o corte de produção positivo, Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, não vê motivo para euforia. “De nada adianta ter corte de produção sem aumento da demanda”, afirmou. Segundo ele, a possibilidade de uma nova onda de contaminação também ameaça o consumo de petróleo, visto que as quarentenas podem se estender por mais tempo. “A empolgação é baixa. A Aramco está fazendo isso porque os preços praticados estão inviáveis até pra ela, que tem um custo de captação [de petróleo] baixo.”

A diminuição da oferta de petróleo tende a favorecer as petrolíferas brasileiras. Na bolsa, a Petrobras tem leve alta, ajudando a amenizar as perdas do Ibovespa devido à sua grande participação índice..

Mas, o grande o destaque da bolsa fica com as ações da BRF, que disparam mais de 10%, depois de a empresa ter divulgado o balanço do primeiro trimestre, em que reporta redução do prejuízo líquido em 96,2% em relação ao mesmo período do ano passado, para 38 milhões de reais. Além disso, a empresa também havia informado, após o fechamento do pregão de sexta, 8, que fechou as condições para a aquisição da empresa saudita de processamento de alimentos Joody Al Sharqiya Food Production Factory.

 

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