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Berzoini já trabalha para abafar CPI da Petrobras
Antes mesmo de tomar posse como ministro das Relações Institucionais, o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) deu início nesta segunda-feira (31) a uma série de atividades como novo articulador político do governo. Uma das primeiras tarefas será participar de uma reunião à noite no Palácio do Planalto com líderes de partidos aliados que irá discutir meios para derrubar a CPI da Petrobras, articulada pela oposição para investigar supostas irregularidades nos negócios da estatal.
Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), no encontro serão discutidos meios de convencer parlamentares aliados a retirar assinaturas do pedido, já protocolado no Senado. Se a estratégia não funcionar, o governo tentará ampliar as investigações para atingir a oposição. A ideia é incluir, por exemplo, apuração sobre um suposto esquema de cartel em licitações dos trens e do metrô de São Paulo durante a administração do PSDB.
“Na reunião, nós vamos reforçar a estratégia de buscarmos o convencimento de todos os senadores, inclusive daqueles que já assinaram o requerimento pela CPI de que já há investigações em curso que são absolutamente suficientes para viabilizar que todas essas denúncias sejam esclarecidas e que a realização de uma CPI agora seria tão somente para criação de um espaço, um palco para disputa político-eleitoral que não é saudável”, disse Humberto Costa no Senado.
Outra ideia, adiantada pelo líder do PT na Câmara, deputado Vincentinho (SP), será ameaçar a oposição com a criação de uma outra CPI específica sobre as denúncias de irregularidades em licitações do metrô de São Paulo.
“Tecnicamente parece que não cabe um adendo para ampliar o objetivo da CPI da Petrobras e fazer com que a comissão também apure denúncias envolvendo governo de São Paulo. Então vamos tentar uma CPI exclusivamente para apurar essas denúncias”, afirmou o petista.
Além dos líderes petistas, foram convidados para a reunião os líderes do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), do PTB no Senado, Gim Argello, e do PMDB na Câmara e Senado, Eduardo Cunha (RJ) e Eunício Oliveira (CE).
Nesta segunda, Berzoini passou boa parte do dia no quarto andar do Palácio do Planalto. Após um almoço no gabinete da SRI com a atual ministra, Ideli Salvatti, ele participou de reuniões com a equipe técnica. Algumas mudanças foram decididas no segundo escalão da pasta.
A primeira é a troca de Olavo Noleto, subchefe de Assuntos Federativos. Ele se afastará para poder candidatar-se a deputado federal. O secretário-executivo, Claudinei do Nascimento, e o subchefe de Assuntos Legislativos, Paulo Argenta, também devem deixar a pasta, e devem ser substituídos por nomes escolhidos por Berzoini.
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