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Floyd e Chauvin trabalharam juntos e ‘batiam cabeça’, diz ex-colega
No mesmo dia em que George Floyd foi enterrado em sua cidade natal, Houston, em uma emocionante cerimônia na qual seus familiares clamaram por justiça e pelo fim do racismo, novos detalhes sobre sua relação com Derek Chauvin, o ex-policial que ajoelhou contra seu pescoço por mais de oito minutos, foram revelados por um ex-colega de ambos. David Pinney contou na última terça-feira 9 que Floyd e Chauvin não apenas trabalharam como seguranças em uma mesma boate, o que já se sabia, mas que se “conheciam bem” e chegaram a acumular alguns desentendimentos.
“Eles bateram cabeças”, contou Pinney, que foi colega de Floyd e Chavin na casa noturna El Nuevo Rodeo, em Minneapolis, à emissora CBS. “Isso tinha muito a ver com Derek ser extremamente agressivo dentro da boate com alguns dos clientes, o que foi um problema”, explicou o conhecido em comum.
Floyd morreu em 25 de maio, em Minneapolis após Derek Chavin ajoelhar sobre seu pescoço por mais de oito minutos. Desarmado, o ex-segurança, detido sob a suspeita de ter utilizado uma nota de 20 dólares falsa, repetiu “eu não consigo respirar” diversas vezes até perder a consciência. Chauvin, de 44 anos, foi acusado de assassinato em segundo grau, e outros três policiais presentes foram acusados de auxílio e cumplicidade no crime.
Parentes de Floyd acreditam que houve motivações pessoais. O advogado da família pediu que Chauvin fosse acusado de assassinato em primeiro grau “porque acreditamos que ele sabia quem era George Floyd”. Questionado se tinha alguma dúvida de que os dois se conheciam, o ex-colega de trabalho foi claro. “Não. Eles se conheciam. Eu diria que muito bem.”
A proprietária relatou que Chavin “se sentia com medo e intimidado” por negros.
Chauvin está detido desde o último dia 29 em uma penitenciária de segurança máxima em Minnesota, acusado de assassinato e homicídio em segundo e terceiro graus. Ele teve sua fiança mínima fixada em 1 milhão de dólares (cerca de 4,8 milhões de reais) nesta segunda-feira, 8., A quantia pode chegar a 1,25 milhões de dólares (até 6,1 milhões de reais), caso Chavin desobedeça ordens judiciais.
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