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Nova biografia traz revelações sobre a primeira-dama Melania Trump

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A biografia de Melania Trump traz um retrato bem diferente da imagem discreta da primeira-dama (Win McNamee / Equipe/Getty Images)

A posse do presidente Donald Trump ocorreu em janeiro de 2017. Mas foi apenas em junho, cinco meses depois, que a primeira-dama, Melania Trump, se mudou para a Casa Branca para acompanhar o marido. Na época, a explicação era a de que Melania havia permanecido em Nova York para que filho do casal pudesse terminar o ano letivo na escola. Mas, na realidade, a razão era outra, de acordo com uma nova biografia sobre a primeira-dama que chega às livrarias nesta terça-feira, 16, nos Estados Unidos.

Melania havia ficado em Nova York para renegociar o acordo pré-nupcial assinado com Trump quando os dois se casaram em 2005. A primeira-dama queria garantir um contrato mais vantajoso financeiramente para que o filho do casal tivesse acesso à herança do pai da mesma forma que os outros três filhos mais velhos de Trump

.Depois de uma campanha eleitoral desgastante, marcada pela revelação de um antigo vídeo do presidente falando baixarias sobre uma mulher, Melania se viu numa posição vantajosa para negociar com Trump e conseguir o que queria.

Essa é uma das revelações do novo livro The Art of Her Deal (“A Arte da Negociação Dela”, numa tradução livre), escrito por Mary Jordan, jornalista de política do Washington Post.

A biografia de Melania Trump traz um retrato bem diferente da imagem discreta da primeira-dama. De acordo com o livro, Melania é muito mais parecida com Trump do que se imagina. Assim como o marido, a primeira-dama também é extremamente cuidadosa com a sua imagem e com a forma como a história da sua vida é contada.

Ela também é ambiciosa e sabe aproveitar as oportunidades para atingir seus objetivos. O próprio título da biografia é uma referência ao livro mais famoso de Donald Trump (A Arte da Negociação), escrito pelo jornalista Tony Schwartz.

Nascida na Eslovênia, Melania fez carreira como modelo na Itália e na França e depois se mudou para os Estados Unidos nos anos 1990, onde conheceu Trump. A autora coloca em dúvida algumas afirmações feitas pela primeira-dama, como a de que ela é fluente em diversas línguas e de que ela é formada na Universidade de Liubliana, na Eslovênia. Segundo a biógrafa, a primeira-dama não chegou a terminar o curso de arquitetura na universidade, e pessoas próximas a ela dizem que nunca a ouviram falar em outros idiomas senão o inglês e o esloveno.

A autora também questiona a história de que Trump e Melania se conheceram em uma festa durante a semana de moda de Nova York, em 1998. A jornalista afirma que pessoas ligadas ao casal dizem ter visto os dois juntos antes dessa data.

Outra revelação é de que Melania tem muito mais influência sobre Trump do que se pensa. De acordo com a autora, ela incentivou Trump a se candidatar à presidência e ajudou o marido na escolha do vice-presidente Mike Pence. E, apesar de os dois dormirem em quartos separados e interagirem pouco na Casa Branca, a primeira-dama também atuou nos bastidores para aconselhar o presidente em outras ocasiões.

A Casa Branca, como é esperado, contestou da versão da jornalista contada no livro. A chefe de gabinete da primeira-dama diz que a biografia tem “informações e fontes falsas” e diz que o livro pertence à categoria de “ficção”. Apesar da crítica, o relato contado por Mary Jordan pode ajudar a compreender melhor uma das figuras mais indecifráveis do governo Trump.

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