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Alunos do grupo de risco não devem comparecer às aulas presenciais no
O secretário de Educação do Distrito Federal, Leandro Cruz, afirmou que os alunos considerados como “grupo de risco” para complicações da Covid-19 não devem comparecer às aulas presenciais na rede pública. As atividades serão retomadas a partir do dia 31 de agosto, de forma gradual.
A declaração do secretário foi dada em entrevista ao Bom Dia DF, nesta terça-feira (14), ao comentar a preocupação de pais de alunos com a volta das atividades nas escolas.
“As crianças que forem do grupo de risco não retornarão. Nenhum funcionário que for do grupo de risco tem que retornar.” disse.
Como grupo de risco, a Secretaria de Saúde considera pessoas com doenças crônicas, como insuficiência cardíaca ou problemas renais e respiratórios. Segundo a pasta, a medida também se estende aos professores. No caso dos servidores, eles continuarão afastados se tiverem mais de 60 anos ou em caso de funcionárias grávidas.
Ensino a distância
Mesmo com o retorno dos estudantes nas escolas, o ensino a distância deve continuar ainda por tempo indeterminado, segundo o GDF, pois haverá alternância entre os modelos para evitar aglomeração.
“A turma será divida em duas. Uma parte assistirá a semana presencial, e a outra por meio remoto, e na outra semana será intercalado”, explica o secretário.
O governo informou ainda que a volta das atividades presenciais será feita de forma gradual, a depender do nível de escolaridades dos alunos. Veja o cronograma abaixo:
- 31 de agosto: Educação de Jovens e Adultos (EJA) e educação profissional
- 8 de setembro: ensino médio
- 14 de setembro: ensino fundamental II
- 21 de setembro: ensino fundamental I
- 28 de setembro: educação infantil
- 5 de outubro: educação precoce e classes especiais
Acesso à internet
Na primeira semana de junho, o governo anunciou que disponibilizaria um pacote de dados gratuito para acesso à internet pelos estudantes e professores, o que ainda não ocorreu. Questionado sobre a previsão, o secretário afirmou que o caso deve se resolver nas próximas semanas.
“Estamos lançando o edital na semana que vem para as operadoras, e até o final do mês queremos estar com isso já resolvido”, disse Leandro Cruz
Além dos problemas com a conexão, famílias de diversas regiões do DF não têm equipamento adequado para assistir as aulas. Em algumas casas, três a quatro irmãos dividem um mesmo celular.
Ao comentar a dificuldade com a falta de aparelhos, o secretário citou campanhas organizadas por regionais de ensino da capital para doações de tablets, computadores e celulares. Ele lembrou ainda que há material impresso como alternativa.
“A secretaria não tem condições de ofertar essa quantidade de meios eletrônicos, ainda mais nesse intervalo de tempo necessário, por isso, a gente tem disponibilizado o material impresso”, disse.
Pais que têm acesso à internet e equipamento relatam dificuldades para acessar o sistema de aulas. Há casos dedificuldades para baixar e enviar arquivos, além do cadastro para ter acesso aos conteúdos. O secretário não negou os problemas, mas defendeu que “a grande massa está com acesso à plataforma”.
“Nós tivemos 470 mil estudantes na plataforma virtual e 72 mil profissionais de educação, com 2,5 mil acessos, 600 mil posts de professores e 32 mil de estudantes. Podem ter problemas ainda? Claro que têm, mas esse problema hoje é residual”, disse o secretário.
E as creches?
O cronograma de retomada das atividades presenciais na rede pública não inclui as creches, que são voltadas para crianças com até três anos. O secretário de Educação lembrou que há uma liminar judicial em vigor que impede a reabertura dessas instituições.
“Estamos com tratativas para resolver as questões judiciais e poder reabrir as creches”, informou.
Já nas escolas privadas, as aulas podem ser retomadas a partir de 27 de julho. As atividades presenciais estão suspensas desde 11 de março.
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