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Economia

Dólar oscila sem viés definido com tensão sino-americana e PMIs positivos

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Dólar: moeda americana caminha para fechar semana em queda (hudiemm/Getty Images)

O dólar abriu em alta contra o real, nesta sexta-feira, 24, mas logo entrou no terreno negativo, com o mercado avaliando dados econômicos positivos e a escalada da tensão diplomática entre China e Estados Unidos. Ainda rumo definido, o dólar comercial caía 0,3% às 9h40 e era vendido por 5,197 reais, enquanto o dólar turismo era cotado a 5,48 reais.

Nesta sexta-feira, o embate entre as duas maiores potências do mundo ganhou um novo capítulo, após a Pequim contra-atacar na mesma moeda, mandando fechar o consulado americano em Chengdu, dias depois de Washington ordenar o fechamento o consulado chinês em Houston.

Entre os investidores, há o temor de que a briga diplomática tenha impacto negativo na economia global, com possíveis sanções comerciais de ambos os lados e ameaças ao acordo comercial selado no início do ano.

Ontem, em entrevista coletiva na Casa Branca, o presidente Donald Trump afirmou que o acordo com a China, agora, significa “muito menos” do que antes da pandemia, voltando a acusar o país asiático de ter disseminado o coronavírus no mundo de forma deliberada.

Para Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti, as atitudes do presidente americano visa, principalmente, as eleições presidenciais. “O Trump está em desvantagem nas pesquisas. Em função disso, a briga acaba se tornando mais contundente. Os americanos gostam disso. Mas há a preocupação disso resvalar nos acordos comerciais”, disse.

Apesar da escalada de tensões, os índices de gerente de compras (PMIs, na sigla em inglês) divulgados nesta sexta mostram que a economia global segue em plena recuperação. Na Europa, todos os principais PMIs ficaram acima da linha dos 50 pontos, que delimita a expansão da contração da atividade econômica.

Por lá, o destaque ficou para os dados do Reino Unido, que além de terem ficado com o PMI composto de julho em 57,1 pontos (acima dos 51,1 pontos projetados pelo mercado e dos 47,1 pontos de junho), ainda surpreendeu com os dados de vendas do varejo, que aumentaram 13,9% em relação ao mês anterior, ante a expectativa de 8% de alta.

No Brasil, teve a divulgação do IPCA-15, que veio abaixo do esperado, reforçando a expectativa de um corte “residual” da taxa básica de juros na próxima reunião do Copom. O corte tende a desfavorecer o valor do real, mas em meio aos dados econômicos e à tensão diplomática, esse se tornou um tema secundário no mercado – ao menos por ora.

 

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