Centro-Oeste
Apesar do calor, DF registra o menor número de incêndios florestais dos últimos 8 anos
Apesar dos termômetros marcarem recordes de temperatura no Distrito Federal, o número de incêndios florestais em 2023 é o menor registrado nos últimos 8 anos, segundo o Corpo de Bombeiros.
De janeiro até novembro, foram 5.571 ocorrências. Veja abaixo os números dos anos anteriores, de janeiro até dezembro, desde 2016.
- 2016: 6.944 incêndios florestais no DF
- 2017: 12.744 incêndios florestais no DF
- 2018: 8.088 incêndios florestais no DF
- 2019: 11.931 incêndios florestais no DF
- 2020: 9.987 incêndios florestais no DF
- 2021: 10.111 incêndios florestais no DF
- 2022: 10.655 incêndios florestais no DF
- 2023: 5.571 incêndios florestais no DF até novembro
Segundo o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal, o número de incêndios de janeiro a novembro de 2023 representa quase metade da quantidade anual dos últimos 4 anos (veja acima). O major Bruno Marcelino explica que quantidade de chuva no período de estiagem fez com que os números de incêndios florestais diminuíssem.
“Houve chuvas intensas durante o período de estiagem, assim, a vegetação fica menos seca e nos protege de mais incêndios florestais”, diz o major.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou ao g1 que o acumulado de chuvas durante agosto, por exemplo, que é sempre marcado pelo calor intenso, superou o volume de chuva prevista em todas as estações de meteorologia da capital.
Para o Inmet, mesmo com as condições atuais do El Niño, fenômeno que aumentou as temperaturas do oceano pacífico em 1,8 °C (maior já registrada), a probabilidade é de um fim de ano com chuvas fortes e menos queimadas no DF.
“A preocupação com o avanço do El Niño, em termos de incêndio, pode se materializar ano que vem, se tivermos chuvas abaixo da média”, aponta o major.
O que é o El Niño:
O El Niño é a fase positiva do fenômeno chamado El Niño Oscilação Sul (ENOS). Quando ele está em atuação, o calor é reforçado no verão e o inverno é menos rigoroso no Brasil. Isso ocorre porque ele dificulta o avanço de frentes frias no país, fazendo com que as quedas sejam mais sutis e mais breves.
Em resumo, o fenômeno causa secas no Norte e Nordeste do país (chuvas abaixo da média), principalmente nas regiões mais equatoriais, e provoca chuvas excessivas no Sul e no Sudeste.
G1.
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