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Veja como ficou carro onde maquiadora foi baleada por bombeiro do DF

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Vidro estilhaçado, estofado perfurado e com manchas de sangue. Assim ficou o carro onde a maquiadora Jully da Gama Carvalho, 30 anos, foi atingida por um tiro, disparado pelo segundo-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) Andrey Suanno Butkewitsch, 40.

O projétil atingiu a nuca da vítima, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO). Jully foi levada para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde passou por cirurgia de urgência e se encontra em recuperação. Ela chegou a ficar intubada, mas teve os equipamentos removidos, foi transferida para o quarto de internação, está consciente e tem quadro de saúde estável.

A vítima foi baleada após uma confusão generalizada dentro de um bar em Alto Paraíso (GO), na madrugada de último domingo (28/1), na região da Chapada dos Veadeiros. Em um vídeo que circula nas mídias sociais, é possível ver o momento em que as agressões começam, por volta da 0h45.

Andrey e o marido da vítima, Jairo Marques, teriam se estranhado, após o bombeiro “encarar” o celular da maquiadora. Em seguida, os dois homens começaram uma briga física, que envolveu outras pessoas. Depois de a situação ficar fora de controle, Jully, Jairo e outras duas pessoas saíram no carro do grupo, rumo ao local onde estavam hospedados.

Nesse momento, uma segunda câmera de segurança do estabelecimento flagrou quando o militar sacou uma arma e atirou uma vez no veículo em que estava Jully. A moradora do Distrito Federal estava sentada no banco do carona do veículo, um Fiat Palio cinza.

Após o crime, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) prendeu o atirador em flagrante, por tentativa de homicídio. Na segunda-feira (29/1), a prisão do bombeiro foi mantida após audiência de custódia na Justiça.

Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informou, por meio de nota, que “tomou conhecimento de um fato ocorrido com um militar da corporação da noite de sábado (27/1) para domingo (28/1), e vem acompanhando todos os procedimentos”. A corporação acrescentou que apura o ocorrido.

“O CBMDF esclarece que não compactua com qualquer comportamento que fira os preceitos da corporação e, como de praxe, tomará todas as medidas administrativas cabíveis e necessárias para o caso. Entretanto, antes de qualquer informação concludente por parte da corporação, faz-se necessária a análise dos elementos disponíveis”, destacou no texto.

Andrey Suanno Butkewitsch, que integrava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, foi exonerado da pasta na tarde dessa segunda-feira (29/1). O militar exercia cargo na Brigada de Salvamento e Combate a Incêndio da Coordenação-Geral de Segurança de Instalações.

Em nota, a defesa do sargento salientou que, quando Andrey soube que uma mulher havia sido baleada, “agiu para auxiliar na remoção da vítima para hospital do DF, a fim de que todos os cuidados fossem adotados”. A advogada do preso enfatizou que “todos os esclarecimentos serão prestados perante o Poder Judiciário”.

 

 

 

 

Metrópoles.

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