Brasil
Bolsonaro presta depoimento à PF nesta quinta em investigação sobre tentativa de golpe de Estado
Este será o quinto depoimento de Bolsonaro à PF desde que deixou a presidência da República. Defesa diz que ex-presidente ficará em silêncio
De acordo com as investigações, o ex-presidente teria recebido e pedido alterações em uma minuta que pedia a prisão de diversas autoridades, entre elas os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, além de definir a realização de novas eleições. Bolsonaro também realizou uma reunião com seus ministros de governo com teor golpista.
Por que Bolsonaro vai ficar em silêncio no depoimento à PF
A defesa do ex-presidente pediu o adiamento e a dispensa de comparecimento de Bolsonaro ao interrogatório e disse, que caso a oitiva seja mantida, o ex-presidente deve se manter em silêncio. Os advogados sustentaram que não tiveram acesso integral aos autos da operação e nem a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
“Uma vez que o peticionário fará uso do direito ao silêncio nos termos da presente manifestação, requer seja dispensado do comparecimento pessoal conforme já discutido previamente com Vossa Excelência em outras oitivas, notadamente em virtude de preocupações relacionadas à logística e segurança”, disse a defesa no documento.
Os pedidos foram negados por Moraes, que afirmou que não é competência do investigado “escolher a data e horário de seu interrogatório”. O ministro do STF disse ainda que, conforme decisões anteriores do tribunal, antes do recebimento da denúncia, não se configura cerceamento de defesa a não autorização de acesso aos termos da colaboração premiada de Cid.
“Isto porque o investigado não tem direito a acessar informações associadas a diligências em andamento ou em fase de deliberação. Portanto, não há motivos para o adiamento do depoimento”, disse Moraes na decisão.
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