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Hospitais das redes pública e privada entraram em colapso, afirma Ibaneis

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‘Nós estamos vivendo uma crise muito grande. Tanto que ontem nós publicamos um decreto ampliando o atendimento das unidades básicas de saúde e das tendas de hidratação’, disse Ibaneis

O governador Ibaneis Rocha afirmou que “tanto os hospitais da rede pública quanto os da rede privada entraram em colapso”, devido à dengue. “Nós estamos vivendo uma crise muito grande. Tanto que, ontem (quarta-feira, 21/2), nós publicamos um decreto ampliando o atendimento das unidades básicas de saúde e das tendas de hidratação. O momento é grave, não chegamos ao pico ainda, segundo a nossa secretária de Saúde (Lucilene Florêncio). Então, nós temos que acompanhar com muito cuidado”, declarou, nessa quinta-feira (22/2), em evento do Grupo de Lideranças Empresariais do DF (Lide), no Lago Sul, conforme publicado pela jornalista Samanta Sallum, no blog Capital S/A.

“O que nós queremos agora é acudir a população da melhor maneira possível”, completou o governador. Na quarta-feira, o GDF nomeou 200 médicos temporários e mais 541 profissionais da saúde para ajudar no atendimento. Também foi dada autorização para começar a montagem de mais 11 tendas de acolhimento a pacientes com dengue. Atualmente, há nove desses espaços instalados no Distrito Federal.

Nas tendas para atendimento a pacientes com dengue e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) a procura também é intensa. Na que foi montada na Administração Regional de Ceilândia, até às 14h30 dessa quinta-feira (22/2), 188 pessoas já haviam passado pela triagem. Com longas filas e sob tempo abafado, os mais debilitados, com febre alta, fraqueza e sangramentos, recebiam atendimento prioritário. A todo momento, Débora de Paula, terapeuta ocupacional, tirava dúvidas e dava orientações aos que procuravam por amparo.

“Aqui, costuma ser mais cheio que a tenda do Sol Nascente, tanto que a nossa média de atendimentos diários gira em torno dos 250. O público majoritário, ao menos hoje, é de adultos entre 30 e 40 anos”, informou à reportagem, após orientar uma mãe que chegou ao local carregando o filho debilitado, em busca de ajuda. A quantidade de pessoas à espera de teste, soro ou medicamento é mais que o dobro da média informada pela Secretaria de Saúde (SES), 110.

O estoquista Luís César Rodrigues, 25, estava com os sintomas da doença havia cinco dias. “Muita febre, calafrios, dor de cabeça e no corpo”, descreveu. Na tenda, aguardava havia 15 minutos para passar pela triagem. Ele disse que precisava fazer o teste rápido para confirmar a infecção. “Na UPA, esperei por três horas e me deram apenas uma injeção para dor”, contou.

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