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EUA garantem que há forte proposta de acordo para cessar-fogo em Gaza

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Segundo secretário, Washington trabalha para libertar reféns

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, informou nesta quinta-feira (14) que está em cima da mesa uma proposta de acordo forte para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde continua a guerra entre Israel e o Hamas.

“A questão é: o Hamas irá aceitá-lo? O Hamas quer acabar com o sofrimento que causa?”, questionou o chefe da diplomacia norte-americana, em entrevista.

Blinken acrescentou que Washington trabalha intensamente todos os dias com o Catar e o Egito para fechar acordo que possa libertar os reféns, bem como para ajuda sustentável de longo prazo ao enclave.

O governante norte-americano também apelou a Israel para que abra “tantos pontos de acesso quanto possível” para fornecer ajuda à população.

“O corredor marítimo não substitui as rotas terrestres, que continuam a ser as mais críticas”, lembrou.

O Comando Central dos Estados Unidos no Oriente Médio (Centcom) anunciou novo lançamento aéreo de assistência humanitária no Norte de Gaza, “para fornecer ajuda aos civis afetados pelo conflito”.

“A operação conjunta incluiu duas aeronaves C-130 e um C-17 Globemaster III, da Força Aérea dos Estados Unidos (EUA), e soldados do Exército especializados na entrega aérea de suprimentos de assistência humanitária”, explicou em comunicado na rede social X.

Os aviões dos EUA lançaram mais de 35.700 pacotes de alimentos e cerca de 28.800 garrafas de água.

“Esta foi a primeira vez que um C-17 foi usado para entregar ajuda desde que o lançamento aéreo começou em 2 de março”, acrescentou o comando.

Blinken informou ainda que conversou na terça-feira com familiares de Itay Chen, depois de o Exército israelense ter relatado a morte do jovem de 19 anos, considerado um dos reféns levados para a Faixa de Gaza em 7 de outubro e que foi morto nesse dia. Seu corpo continua retido pelo Hamas.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islâmico palestino em solo israelense, em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelenses.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza, que já provocou a morte de mais de 31 mil pessoas e mais de 73 mil feridos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.

Desde então, 420 pessoas teriam sido mortas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças de segurança e por ataques de colonos israelenses.

A Organização das Nações unidas (ONU) denunciou que o número de crianças mortas pelos bombardeios em Gaza é superior ao número de crianças mortas em todas as guerras dos últimos quatro anos.

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