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Dia do Trabalhador em Brasília foi marcado por celebrações e reivindicações

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Muita gente aproveitou o céu aberto para curtir o feriado no Eixão do Lazer com a família e praticando esportes

O feriado do Dia do Trabalhador mobilizou os brasilienses ontem na capital do país. Pela manhã, sindicatos de várias categorias se reuniram no Eixão do Lazer na altura da 106 Sul em um ato organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF). Fechado para carros como ocorre aos domingos e feriados, o Eixão reuniu ainda aqueles que buscavam aproveitar o clima ensolarado e o céu aberto para se exercitar. O fim de tarde reuniu no Museu Nacional artistas locais, como Hamilton de Holanda, Ellen Oléria, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, entre outros.

Sob o tema “Por um Brasil mais justo”, o 1º de Maio de 2024 teve como tema pautas, como correção da tabela de Imposto de Renda, juros mais baixos, valorização do serviço e dos servidores públicos, salário igual para homens e mulheres e aposentadoria digna.

O cineasta Vladmir Carvalho foi homenageado num evento em frente ao Museu Nacional

O cineasta Vladmir Carvalho foi homenageado num evento em frente ao Museu NacionalNaum Giló/CB/D.A Press

 

As amigas Cecília e Maria Clara aproveitaram para praticar corrida

As amigas Cecília e Maria Clara aproveitaram para praticar corridaMariana Campos/CB/D.A Press

Eliene Novaes.

Eliene Novaes.Mariana Campos/CB/D.A Press

Sérgio Magalhães levou o filho Theo para o Eixão para aproveitar o feriado

Sérgio Magalhães levou o filho Theo para o Eixão para aproveitar o feriadoFotos: Mariana Campos/CB/D.A Press

Alexandre Bahia levou o filho Isaias para o Eixão pela primeira vez

Alexandre Bahia levou o filho Isaias para o Eixão pela primeira vezMariana Campos/CB/D.A Press

“Hoje é um dia de celebração do retorno da valorização das negociações coletivas, retomada do crescimento da economia, o que permite que os salários sejam reajustados acima do valor da inflação, e é também um ano em que a gente tem se organizado por melhores condições de vida para a classe trabalhadora como um todo”, afirmou o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues. “O dia 1º é um dia de organização dos trabalhadores para que possamos relembrar as lutas que fizemos e as que ainda temos a fazer”, completou.

Representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) estiveram presentes no ato. Servidores em greve do Instituto Federal de Brasília (IFB) de vários campi do DF protestaram e reforçaram as reivindicações. “Se a gente quer uma educação de qualidade, todos os servidores da educação precisam ganhar bem, precisam ser valorizados, precisam ter chances de capacitação. Estamos fazendo greve porque acreditamos que vamos ser ouvidos”, declarou Camila Tenório Cunha, representante do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e servidora do IFB de São Sebastião.

Entre as reivindicações dos representantes do Sinasefe estão reestruturação da carreira dos técnicos administrativos e dos professores, recomposição salarial, recomposição do orçamento das instituições federais de ensino e a revogação de atos que tiram direitos dos profissionais da educação.

A Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (AdUnB) também esteve representada no ato e profissionais da categoria relembraram as reivindicações que motivaram a greve dos professores da UnB, que está em vigor desde 15 de abril. Entre as principais pautas está a recomposição dos orçamentos. “Ao longo de 14 anos, a universidade tem perdido quase 40% do orçamento de investimento por conta de cortes e contingenciamentos que foram realizados nos últimos anos, o que faz com que a universidade esteja operando com recursos mínimos para a sua manutenção”, detalhou a presidente da AdUnB, Eliene Novaes. “Estamos também com uma defasagem de quase 22% do salário por conta das perdas inflacionárias destes últimos anos. Mesmo com o aumento concedido em 2023, ainda há uma defasagem. O governo ainda não apresentou uma proposta para a recomposição”, acrescentou.

Crianças, jovens e adultos também ocuparam o Eixão do Lazer para aproveitar o dia ensolarado e praticar exercícios. O diretor executivo Alexandre Bahia, 38 anos, mudou-se recentemente para a Asa Sul e foi ontem com o filho Isaías, 6, ao Eixão para um passeio de bicicleta. “É um ótimo lugar para trazer as crianças e tirá-las um pouco da frente do celular e da televisão”, disse.

As amigas Cecília Carvalho, 28, que trabalha com incorporação imobiliária, e a advogada Maria Clara Farias, 27, estão sempre se exercitando juntas e escolheram o Eixão do Lazer para praticar corrida. “Aqui é uma delícia para correr, dá para fazer um percurso mais light, parando para tomar uma água de coco”, comentou Cecília.

O empresário Sérgio Pimenta Magalhães, 58, também mora próximo ao Eixão e sempre que pode vai com a família aproveitar os domingos e feriados. “O Eixão é uma instituição de lazer que Brasília proporciona aos seus moradores. Aqui, a gente acompanha até as estações da natureza. Nesta época do ano, Brasília está rosa por conta das paineiras. Há pouco tempo, estava vermelha por causa dos flamboyants e, em breve, virão os ipês. O céu de Brasília é outra instituição, um verdadeiro cartão-postal”, destacou.

Som e poesia

No fim da tarde, o espaço externo do Museu Nacional recebeu o projeto Conterrâneos Novos de Guerra, realizado pelo grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, um projeto multicultural que propôs a união do cinema, da poesia, das artes visuais, do teatro e da música. Hamilton de Holanda, Ellen Oléria, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, Anna Moura, Kirá, Orquestra Alada Trovão da Mata e DJ Flávia Aguiar foram os artistas convidados que abrilhantaram a festa. O evento foi realizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal.

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