As forças israelenses tomaram o controle da passagem de fronteira de Rafah entre Gaza e o Egito nesta terça-feira e tanques avançaram para a cidade de Rafah, no Sul de Gaza.
O Hamas acusou Israel de tentar minar as negociações de trégua que acontecem no Cairo ao montar a ofensiva.
Agências de ajuda internacional afirmaram que o fechamento das duas principais passagens para o sul da Faixa de Gaza, Rafah e Kerem Shalom, praticamente isolou o território palestino da ajuda externa, com muito poucos armazéns disponíveis no seu interior.
A Rádio do Exército Israelense anunciou que suas forças assumiram o controle do lado palestino da passagem de Rafah na manhã de terça-feira e imagens do Exército mostraram tanques passando pelo complexo e a bandeira israelense hasteada no lado de Gaza.
Apesar dos apelos internacionais para que Israel adiasse um ataque a Rafah, tanques e aviões israelenses também atacaram várias áreas e casas durante a noite.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que os ataques israelenses mataram 54 palestinos e feriram outros 96 nas últimas 24 horas.
Na manhã de terça-feira, pessoas procuravam corpos sob os escombros de edifícios destruídos.
Raed al-Derby disse que sua esposa e filhos foram mortos. Parado na rua, com a angústia estampada no rosto, ele disse à Reuters: “Somos pacientes e permaneceremos firmes nesta terra. Estamos esperando pela libertação e esta batalha será pela libertação, se Deus quiser.”
Mais de um milhão de pessoas buscaram refúgio em Rafah, vivendo em acampamentos de tendas e abrigos improvisados.
Muitos estão tentando fugir, obedecendo às ordens israelenses de retirada, mas com grandes áreas do território costeiro já devastadas, dizem que não têm nenhum lugar seguro para onde ir.
Os militares de Israel disseram que a operação limitada em Rafah tinha como objetivo matar combatentes e desmantelar a infraestrutura usada pelo Hamas, que governa Gaza.
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