Economia
Após nove altas consecutivas, mercado ajusta para baixo previsão de inflação em 2024, aponta Focus
Relatório divulgado pelo Banco Central elevou expectativa para dólar e para Produto Interno Bruto (PIB) neste ano
Após nove altas consecutivas, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as expectativas a inflação neste ano. Além disso, o mercado elevou a previsão para o câmbio e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Com relação à inflação, as projeções para o índice foram levemente ajustadas para baixo. Agora, para 2024, o mercado espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avance 4,00%. No relatório anterior, a expectativa era de uma alta de 4,02%.
Em 2025, por outro lado, a nova projeção é de alta de 3,90%, ante 3,88% há uma semana. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A redução da expectativa para a alta do IPCA este ano segue a divulgação de resultados melhores do que o esperado para o índice em junho na semana passada. O IBGE relatou que o IPCA subiu 0,21% em junho, depois de um avanço de 0,46% em maio, em resultado que ficou aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,32%.
O Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (15) pelo BC, aponta ainda que o dólar deve encerrar 2024 cotado a R$ 5,22, ante R$ 5,20 no documento da semana anterior. Para o próximo ano, a expectativa foi mantida em R$ 5,20.
As expectativas para a taxa de câmbio têm subido à medida que aumentaram as preocupações do mercado com o ajuste das contas públicas brasileiras e a política monetária local, o que levou a divisa norte-americana a tocar 5,70 reais há duas semanas.
Para o PIB, os analistas elevaram ligeiramente a projeção de crescimento para este ano, agora em 2,11%, de 2,10% na última semana. Em 2025, a expectativa foi mantida em 1,97%.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros Selic deve terminar 2024 no nível atual de 10,5%, caindo a 9,5% ao final de 2025.
*com informações da Reuters.
CNN
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