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Incêndios florestais triplicam no DF agravados pela situação climática

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A baixa umidade do ar e as altas temperaturas contribuem para a ocorrência de fogo no Cerrado

Território em que a seca manifesta-se com veemência, o Distrito Federal (DF) é, anualmente, castigado com incêndios florestais nesta época do ano, período em que a temperatura e a umidade alcançam níveis de alerta. De janeiro até o início deste mês, cerca de 3,8 mil incêndios florestais foram registrados no DF. No mesmo período de 2023, foram 1,3 mil, ou seja, o número praticamente triplicou.

Nesse contexto, em que o trabalho para evitar os focos de queimada é árduo, é necessário, muitas vezes, o auxílio da população no combate ao fogo. O CBMDF ofereceu às comunidades rurais, cooperativas agrícolas e moradores da zona rural, capacitação de primeira resposta aos incêndios florestais. “Estes treinamentos ocorreram no início do ano até o mês de junho, porém, agora, com o aumento da quantidade de ocorrências estamos dedicando nossos esforço apenas no combate, propriamente dito”, aponta o capitão.

Durante o período, as áreas classificadas como de risco e que recebem atenção prioritárias pelos bombeiros, neste momento, são: o Parque Nacional de Brasília, a Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae), o Jardim Botânico de Brasília e a Floresta Nacional de Brasília. “Além dessas áreas de proteção ambiental, temos também os parques ecológicos distritais, a reserva do IBGE, a fazenda Água Limpa (UnB), a Reserva Biológica da Contagem e a Área Alfa da Marinha”, lista o capitão do grupamento.

Rôney Nemer, presidente do Instituto Ambiental de Brasília (Ibram),  observa que, especialmente neste período, há uma grande preocupação quanto as 82 unidades de conservação geridas pelo órgão. “A gente faz o trabalho, agora, com 150 brigadistas florestais, que contratamos por um período de seis meses, em conjunto com a Sema (Secretaria de Estado do Meio ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal)”, afirma.

Prevenção

Com o propósito de prevenir os incêndios florestais registrados na seca, o CBMDF realiza queimadas preventivas. “As queimadas preventivas tem sido feitas desde o início do ano, principalmente no Parque Nacional de Brasília e na Floresta Nacional de Brasília. Essas queimadas fazem parte da estratégia de Manejo Integrado do Fogo. No Jardim Botânico e na ESECAE realiza-se o aceiro, com uso do fogo nas margens das pistas ao redor”, informa o capitão João Rafael.

Nemer explica que a ação serve para separar grandes áreas de vegetação e evitar a proliferação do fogo, em caso de incêndios na vegetação. “A gente faz um aceiro e queima uma parte entre uma e outra (vegetação), porque, se pegar fogo num pedaço, a gente consegue combater dos quatro lados e evita a proliferação do fogo. Ao longo das rodovias, a gente faz a queima preventiva, para assegurar que, se alguém jogar uma binga de cigarro ou alguma faísca que voe, não pegue fogo e alastre por dentro de toda a nossa vegetação”, diz.

Ele aponta que esse é um trabalho preventivo, feito como apoio da SEMA e do CBMDF. Neste ano, o Ibram fez duas queimadas preventivas ao redor da Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae), uma em abril e a outra na semana passada.

Estiagem e baixa umidade

Há quase 90 dias sem registros de chuva, a queda da umidade relativa do ar é sinal de alerta e requer atenção redobrada contra queimadas. Segundo o Boletim Temperatura do Ar – Junho, publicado na semana passada pelo Instituto Brasília Ambiental, a temperatura média no período ficou acima de 27ºC, chegando a passar de 31ºC nas regiões de Águas Emendadas, Fercal e Zoológico. A temperatura mais alta (31,8°C) foi registrada no dia 30 do mês.

Os Incêndios florestais são influenciados diretamente pela alta temperatura e pela baixa umidade relativa do ar. O capitão do CBMDF sinaliza que a baixa umidade relativa do ar torna a vegetação mais ressecada, o que faz com que, consequentemente, ela queime mais facilmente. “A soma desses dois fatores aliado às rajadas de ventos contribuem grandemente para o aumento da quantidade e da área queimada das ocorrências”, ensina.

Como proceder ao encontrar fogo na vegetação

Ao se deparar com um incêndio, deve-se ligar, imediatamente, aos bombeiros, no telefone 193. É importante afastar-se das chamas e ficar em local seguro. Deve-se verificar se mais ninguém está em risco e buscar retirar bens da direção do fogo.

Como não causar incêndios em vegetação

Evite realizar queimadas para limpeza de terreno. Segundo o CBMDF, essa é uma das principais causas de incêndios.

Faça aceiros ao redor das casas e currais.

Como não causar incêndios em vegetação

  • Evite realizar queimadas para limpeza de terreno, pois, segundo o CBMDF, esta é uma das principais causas de incêndios
  • Realize aceiros ao redor das casas e currais
  • Evite queimar o lixo ou acender fogueiras em locais próximos à vegetação.

O que fazer

Ao se deparar com um incêndio, deve-se ligar, imediatamente, aos bombeiros, no telefone 193. É importante afastar-se das chamas e ficar em local seguro. Deve-se verificar se mais ninguém está em risco e buscar retirar bens da direção do fogo.

O contato também pode ser feita pela Central de Denúncias de Incêndios Florestais, do Instituto Brasília Ambiental. O número é (61) 99224-7202, para ligações e WhatsApp.

Como não causar incêndios em vegetação

Evite realizar queimadas para limpeza de terreno. Segundo o CBMDF, essa é uma das principais causas de incêndios.

Faça aceiros ao redor das casas e currais.

Evite queimar o lixo ou acender fogueiras em

locais próximos à vegetação.

Como não causar incêndios em vegetação

– Evite realizar queimadas para limpeza de terreno, pois, segundo o CBMDF, esta é uma das principais causas de incêndios

– Realize aceiros ao redor das casas e currais

– Evite queimar o lixo ou acender fogueiras em locais próximos à vegetação.

Correio Braziliense

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