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EUA temem que vitória da Maduro na Venezuela não reflita vontade do povo, diz Blinken
Secretário de Estado interrompeu participação em reunião de nações do Indo-Pacífico para abordar o assunto; Maduro venceu com 51,2% dos votos, segundo o conselho eleitoral venezuelano
Os Estados Unidos têm sérias preocupações de que os resultados anunciados pela autoridade eleitoral da Venezuela, declarando que o presidente Nicolás Maduro conquistou um terceiro mandato, não refletem os votos do povo, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, nesta segunda-feira (29).
Poucos minutos depois de a autoridade dizer que Maduro havia vencido a eleição presidencial, Blinken interrompeu comentários em uma reunião de nações do Indo-Pacífico para abordar o assunto.
“Vimos o anúncio há pouco tempo pela comissão eleitoral venezuelana. Temos sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano”, disse Blinken.
Blinken disse nesta segunda-feira que a comunidade internacional estava observando de perto e responderia adequadamente.
“É fundamental que cada voto seja contado de forma justa e transparente, que as autoridades eleitorais compartilhem informações imediatamente com a oposição e os observadores eleitorais, sem demora, e que as autoridades eleitorais publiquem a tabulação detalhada dos votos”, disse ele.
O conselho eleitoral nacional da Venezuela (CNE) disse que Maduro venceu a eleição com 51% dos votos, apesar de diversas pesquisas de boca de urna apontarem uma vitória da oposição.
O CNE deveria ser um órgão independente, mas a oposição alega que seus atos são um braço do governo.
Uma pesquisa da Edison Research, conhecida por suas pesquisas sobre eleições nos EUA, previu em uma pesquisa de boca de urna que Gonzalez ganharia 65% dos votos, enquanto Maduro ganharia 31%.
Washington, que rejeitou a reeleição de Maduro em 2018, aliviou as sanções à indústria petrolífera da Venezuela em outubro passado em resposta a um acordo entre Maduro e partidos de oposição.
Mais tarde, Washington restabeleceu as sanções por ações que, segundo ele, ameaçavam uma votação democrática inclusiva, e autoridades americanas disseram que calibrarão sua política de sanções daqui para frente com base na forma como as eleições foram conduzidas.
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