Economia
Temporada de resultados do 3º trimestre está chegando: o que esperar das ações brasileiras
Itaú BBA tem visão ligeiramente positiva, mas atenção se voltará para revisões de lucro; balanços começam a ser divulgados em 22 de outubro
A temporada de resultados das companhias brasileiras no terceiro trimestre de 2024 (3T24) começará no dia 22 de outubro e se estenderá até 15 de novembro. Nesses balanços, diversos analistas avaliarão cada um dos números e a relação deles com períodos anteriores.
Antes do início efetivo das divulgações, agentes do mercado já começaram a mostrar o que esperam desta temporada, como é o caso do Itaú BBA. Segundo o banco, a expectativa é que os lucros das empresas venham “ligeiramente positivos”.
“Devemos observar bom crescimento dos lucros e boa difusão setorial de crescimento anual de receitas, resultado operacional (Ebitda) e lucro líquido”, afirmou o Itaú BBA, em relatório. “Em comparação com o trimestre anterior, devemos ver aceleração no lucro líquido, mas crescimento mais suave nas receitas e no Ebitda.”
Apesar do otimismo com os lucros no 3T24, o documento também aponta para uma revisão de lucros negativos no curto prazo este ano, impulsionadas pelo segmento de commodities, com uma revisão abrupta para baixo após a temporada de lucros do segundo trimestre.
Setores de destaque
Os setores de maior destaque, na visão do banco, são: empresas de varejo de vestuário; construção civil; empresas de bens de capital. Já as companhias voltadas a commodities devem apresentar números mais fracos, com queda no crescimento de Ebitda em relação ao trimestre anterior.
Para os resultados do setor financeiro, a visão da XP é que os bancos reportem balanços melhores, enquanto o mercado de capitais continue uma tendência saudável. “No geral, acreditamos que os resultados do 3º trimestre sustentarão o impulso positivo dos ganhos para o setor financeiro”, afirmou a instituição financeira.
A Genial, porém, vê um cenário mais pessimista para as ações locais, especialmente afetadas pela preocupação fiscal. O receio com as contas públicas sugere que o investidor está mais defensivo e reduzindo sua exposição ao Brasil, segundo a corretora.
O preço-alvo da Genial nos próximos 12 meses é de 147,4 mil pontos, considerado neutro. “Este cenário reflete um equilíbrio entre fatores positivos e negativos nos próximos meses”, escreveu.
CNN
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