Economia
Bitcoin sobe 17% em outubro e lidera entre principais aplicações; veja ranking
Moeda digital também se sobressai no acumulado do ano e nos últimos 12 meses
O Bitcoin foi o ativo com maior crescimento no mês de outubro, entre 13 índices de investimentos analisados pela Elos Ayta. A moeda digital se sobressaiu com uma valorização de 17,42%, impulsionando retornos positivos tanto para o período quanto no acumulado do ano e nos últimos 12 meses.
Ao longo de 2024, o Bitcoin apresenta valorização de 97,03%. Já nos últimos 12 meses, a criptomoeda registra alta acumulada de 133,93%.
Dólar Ptax apareceu na segunda posição, com avanço de 6,05%, alta que não era vista desde junho de 2022, quando alcançou 10,77%. O índice de BDRs (BDRX) ficou logo abaixo no ranking, com um retorno de 5,73% no mês.
Já no acumulado do ano, o BDRX registrou um aumento de 50,09%, com avanço de 33,14%; enquanto nos últimos 12 meses, subiu 64,32%.
Luiz Pedro, analista-chefe de Criptoativos da Nord Research, destaca que a movimentação positiva para a criptomoeda aconteceu por conta de uma melhoria no cenário macroeconômico e uma expectativa de mais dois cortes de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.
Outro fator pontuado por ele é o fluxo monetário nos ETF – fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação – de Bitcoin. Essa dinâmica mostra uma melhora de sentimento institucional em relação à moeda digital e à tomada de risco
Além disso, o criptoativo tem impulsionado com a perspectiva de favoritismo para o ex-presidente dos EUA Donald Trump na corrida eleitoral. Ao longo da campanha, o republicano tem se vendido como o candidato das criptomoedas.
Na última terça-feira (29), o BTC bateu a máxima histórica em reais. “Esse fator é a união de uma performance boa do Bitcoin dentro do mês e uma alta do dólar em relação a nossa moeda”, avalia.
O dólar atingiu alta de 6,1% em outubro, encerrando o mês cotado em R$ 5,7815. Esta é a maior variação mensal desde março de 2018, quando a divisa norte-americana subiu 6,11%. Já o valor é o mais elevado desde 9 de março de 2021, quando encerrou em R$ 5,7927.
Diante disso, o especialista enxerga um cenário que tende a ser positivo para a moeda.
“Caso as expectativas se confirmem, a gente vê uma diminuição na preocupação em relação à resseção dos Estados Unidos. Os dados de inflação estão vindo um pouco acima do esperado, então isso mantém-se dentro do plano de cortes de juros, que melhora o apetite a risco dos investidores, tanto de varejo quanto de institucional”, diz.
Além disso, o analista destaca que o aumento do M2 nos Estados Unidos e a nível Global também influencia positivamente a tomada de risco e a liquidez para se investir em cripto.
“Pode ser outro fator que se soma também nessa expectativa de um bom último trimestre de 2024 para o mercado de cripto e, quem sabe, bons trimestres também no começo de 2025”, ressalta.
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